O primeiro acampamento universitário foi montado na semana passada em Warwick e, mais tarde, nos campus de Bristol, Sheffield, Manchester, Leeds e Newcastle, segundo os organizadores.
A líder do grupo Campanha de Solidariedade com a Palestina, Stella Swain, sublinhou hoje aos meios de comunicação social que esta semana e na próxima "mais locais vão aderir à chamada de protesto".
"Todos os protestos até agora foram completamente pacíficos e não há nada que indique que não o serão. Haveria muito pouca razão para uma resposta [da polícia]", frisou.
Esta responsável acrescentou que os protestos pacíficos no Reino Unido incluem estudantes que abordam questões como o colonialismo, considerando as manifestações de "eventos pacíficos, mas educativos".
Swain sublinhou que espera que nenhum político, quer apoie a causa ou não, queira ver a polícia britânica agir como a polícia norte-americana fez com os manifestantes estudantis.
Na Universidade de Manchester, um acampamento foi montado esta quarta-feira na área de Brunswick Park.
"Podem ter a certeza de que faremos todo o possível para manter as coisas como sempre e instamos os manifestantes a agir em conformidade", realçou um porta-voz desta instituição de ensino.
"Estamos muito conscientes da necessidade de garantir que todos no nosso campus permaneçam seguros e protegidos e isso será de grande importância", acrescentou.
Nos Estados Unidos, a tensão nas universidades aumenta há alguns dias, à medida que alguns manifestantes se recusam a remover os acampamentos e os administradores recorrem às autoridades para libertá-los pela força, conduzindo a confrontos físicos.
O Presidente norte-americano Joe Biden defendeu hoje o direito ao protesto, mas insistiu que "a ordem deve prevalecer".
"A dissidência é essencial para a democracia. Mas a dissidência nunca deve levar à desordem", vincou o chefe de Estado democrata, quebrando o silêncio sobre os protestos estudantis e as repressões policiais nas universidades norte-americanas, enquanto os republicanos procuram usar a situação como arma de campanha eleitoral.
Em 07 de outubro, um ataque sem precedentes do Hamas em Israel causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas, que responderam com uma ofensiva militar contra a Faixa de Gaza.
A operação israelita provocou cerca de 34.600 mortos e a destruição de muitas infraestruturas em Gaza, de acordo com dados atualizados hoje pelo governo do Hamas.
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