EUA acusam Ruanda por ataque em campo de deslocados na RD Congo

A diplomacia dos EUA acusou o Ruanda de estar por trás de um atentado bombista contra um campo de deslocados no leste da República Democrática do Congo (RDC), que provocou pelo menos nove mortos na sexta-feira.

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© SEBASTIEN KITSA MUSAYI/AFP via Getty Images

Lusa
04/05/2024 17:09 ‧ 04/05/2024 por Lusa

Mundo

RD Congo

Na sexta-feira, pelo menos nove pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas num atentado bombista que atingiu um campo para deslocados nos arredores de Goma, no leste da República Democrática do Congo, onde os combates opõem as forças governamentais ao movimento rebelde Movimento 23 de Março (M23), apoiado pelo Governo do Ruanda.

"Os Estados Unidos condenam veementemente o ataque de hoje às forças armadas ruandesas e às posições do M23 no campo de deslocados internos de Mugunga", disse o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano num comunicado divulgado na sexta-feira.

"Este ataque causou a morte de pelo menos nove pessoas e feriu pelo menos outras 33, incluindo muitas mulheres e crianças", diz o comunicado, referindo que os Estados Unidos estão "profundamente preocupados com o recente avanço" das Forças Armadas do Ruanda e do movimento M23.

Os Estados Unidos há muito que afirmam, tal como Kinshasa, que a rebelião do M23 é apoiada pelo Ruanda.

"É essencial que todos os países respeitem a soberania e a integridade territorial uns dos outros", acrescenta o comunicado.

O Ruanda reagiu a esta acusação, hoje, descrevendo-a como "ridícula" e "absurda".

"Como se chega a esta conclusão absurda? As FDR (Forças Armadas Ruandesas), um exército profissional, nunca atacariam um campo de pessoas deslocadas", explicou a porta-voz do governo ruandês, Yolande Makolo, na rede social X.

O porta-voz do governo da RDC, Patrick Muyaya, acusou o exército ruandês e os líderes do M23 de serem responsáveis pelo atentado.

Apoiados por unidades do exército ruandês, em 2021 as milícias do M23 pegaram novamente em armas, após vários anos de inação, e tomaram grandes áreas de território na região de Kivu do Norte.

Leia Também: Presidente da RDCongo considera "possível" guerra com Ruanda

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