"Não há respeito pelos outros. Sou a favor do debate (...), mas impor uma ou outra política pela força e pelos bloqueios, impedindo que outros estudantes tenham acesso a um anfiteatro com o pretexto de que são judeus, não é republicano", argumentou o líder francês, numa entrevista aos jornais La Provence e La Tribune Dimanche.
Macron lembrou que a França é um dos países europeus que sofreu "menos excessos" nos protestos e denunciou que os estudantes que participam nestas ações são "politizados".
"É contraproducente e inaceitável que em nome das suas lutas o debate seja impedido", defendeu Macron, embora tenha garantido que compreende muito bem que a situação em Gaza está a mudar.
Nos últimos dias, surgiram várias manifestações de protestos e tentativas de criar acampamentos em diversas universidades francesas, em particular no Instituto de Estudos Políticos de Paris, conhecido como 'Science Po', que foram desmantelados pela polícia, a pedido das direções das instituições.
Estes protestos em França seguiram-se a acampamentos pró-palestinianos em universidades norte-americanas, de Nova Iorque a Los Angeles, que também foram alvo de confrontos entre estudantes e forças policiais.
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