Este novo surto de violência entre a formação pró-iraniana e o exército israelita surge após a morte, na noite de terça-feira, de um comandante local do Hezbollah num ataque levado a cabo por Israel no sul do Líbano.
Os combatentes do Hezbollah "lançaram um ataque com mais de 60 foguetes 'Katyusha'" contra várias posições militares israelitas nos Montes Golã, ocupados e anexados por Israel", disse o Hezbollah em comunicado.
Trata-se de uma "resposta aos ataques do inimigo israelita na noite passada, na região de Bekaa", acrescentou.
Cinco ataques israelitas tiveram como alvo a região de Baalbeck, um reduto do Hezbollah no leste do Líbano, perto da fronteira com a Síria, segundo a agência de notícias libanesa ANI, que avançou haver um ferido e "vários danos".
Segundo uma fonte próxima ao Hezbollah, um dos ataques teve como alvo "um acampamento militar" da formação, que tem um grande número de bases nesta região.
Um porta-voz do exército israelita "confirmou que um ataque aéreo foi realizado nas profundezas do Líbano" contra um objetivo ligado a um projeto de fabrico de "foguetes de precisão" do Hezbollah.
Os ataques aconteceram depois de o Hezbollah ter dito, na noite de quarta-feira, que tinha como alvo uma base militar perto de Tiberíades, no norte de Israel, a cerca de 30 quilómetros da fronteira com o Líbano.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, entre Israel e o Hamas, em 07 de outubro, o Hezbollah tem como alvo posições no norte de Israel para apoiar o movimento islamita palestiniano.
Mas os ataques do grupo libanês são geralmente limitados a posições perto da fronteira, enquanto Israel retalia cada vez mais profundamente no território libanês e tem como alvo responsáveis do Hezbollah.
O exército israelita anunciou que tinha "eliminado", num ataque aéreo realizado na noite de terça-feira, um comandante local do Hezbollah, Hussein Makki, na cidade costeira de Tiro, sul do Líbano, tendo a morte sido confirmada pelo Hezbollah.
A guerra de Israel contra o Hamas, que já dura há cerca de sete meses, provocou pelo menos 413 mortos no Líbano, a maioria dos quais eram combatentes do Hezbollah, mas também quase 80 civis, segundo uma contagem avançada pela agência de notícias francesa AFP.
Do lado israelita, pelo menos 14 soldados e 10 civis foram mortos nos confrontos que deslocaram dezenas de milhares de civis em ambos os lados da fronteira.
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