O presidente eleito da Eslováquia, Peter Pellegrini, visitou, esta quinta-feira o primeiro-ministro, Robert Fico, com quem teve uma "conversa pessoal", durante a qual este último estava "muito cansado".
Citado pela imprensa, Pellegrini explicou que o chefe de governo eslovaco escapou à morte "por um fio" e que se os "ferimentos de bala tivessem sido apenas alguns milímetros ao lado, estaríamos a falar dele como um primeiro-ministro morto".
Em conferência de imprensa após a visita no hospital no município de Banská Bystrica, o chefe de Estado eleito referiu que Fico estava "a viver as piores horas e dias da sua vida" e que espera que este recupere.
Os dois líderes conseguiram falar por alguns minutos, de acordo com Pellegrini, apesar de o seu estado se manter bastante crítico.
"Espero que nos próximos dias o primeiro-ministro consiga tomar algumas decisões, mas, entretanto, o vice-primeiro-ministro assumirá as suas funções", explicou o chefe de Estado.
Durante a sua intervenção, Pellegrini lembrou ainda que conhece Fico há mais de duas décadas e detalhou: "O médico pediu-me que a visita fosse muito curta. Foi uma conversa muito pessoal sobre como ele se sente e que estou muito feliz por ele ter sobrevivido".
O presidente recentemente eleito explicou ainda que disse a Fico que ia "lidar" com a situação em causa, e que durante a conversa não foram abordadas questões políticas. "Ele estava muito, muito cansado e não foi possível falar com ele durante mais tempo ou sobre qualquer situação política", explicou.
O chefe de governo foi ontem baleado em pelo menos dois sítios e está "em estado grave". O atirador, um homem de 71 anos, foi detido e já admitiu que o ataque teve motivações políticas - foi acusado também de tentativa de homicídio, o que lhe pode dar pena perpétua, dado que se trata de um ataque a um chefe de Estado.
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