"No espaço de uma semana, as unidades do Grupo Norte (...) libertaram 12 localidades na região de Kharkiv (...) e continuam a avançar em direção às defesas inimigas", declarou o Ministério da Defesa russo em comunicado.
O ministério acrescentou que as forças russas continuam a "penetrar mais profundamente nas linhas defensivas do inimigo", segundo a agência espanhola EFE.
Segundo estimativas do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), com sede em Washington, as forças russas terão avançado oito quilómetros em território ucraniano após uma semana de ofensiva na região de Kharkiv.
O objetivo de criar uma zona de segurança junto à fronteira da Rússia com a Ucrânia foi anunciado hoje pelo Presidente russo, Vladimir Putin, durante uma visita à China.
Putin descreveu a ofensiva no nordeste da Ucrânia como uma resposta aos ataques ucranianos em território russo.
"Eu tinha dito publicamente que, se isto continuasse [os ataques ucranianos], seríamos obrigados a criar uma zona de segurança, uma zona sanitária. É isso que estamos a fazer", declarou, citado pela agência francesa AFP.
Kharkiv, capital da região, é a segunda maior cidade da Ucrânia.
Tinha mais de 1,4 milhões de habitantes antes da guerra desencadeada com a invasão russa de fevereiro de 2022.
Putin disse também que, para já, a Rússia não tinha planos para tomar Kharkiv.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, reconheceu anteriormente que a situação em Kharkiv era muito complicada, mas que Kiev não podia perder a cidade para o inimigo russo.
Zelensky visitou a região na quinta-feira, depois de ter anulado compromissos no estrangeiro, incluindo visitas a Espanha e Portugal.
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