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Espécie rara de lula apanhada a 'atordoar' câmara em águas profundas

Esta espécie de lula é uma das maiores encontradas em águas profundas, sendo conhecida por ter os maiores fotóforos do mundo natural nas extremidades de dois dos seus tentáculos.

Notícias ao Minuto

18:20 - 17/05/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Biodiversidade

Uma espécie rara de lula foi apanhada a tentar ‘atordoar’ uma câmara que estava a cerca de um quilómetro de profundidade, numa área conhecida como Passagem de Samoa.

O momento foi captado por cientistas da Universidade da Austrália Ocidental e da britânica Kelpie Geosciences, que estavam a colocar câmaras naquele local.

Depois de os aparelhos terem sido retirados de uma profundidade de mais de cinco quilómetros, os investigadores depararam-se com uma lula-luminescente-de-mar-profundo, que é raramente vista no seu habitat natural, segundo um comunicado da universidade.

“Enquanto analisávamos as imagens, reparámos que tínhamos captado algo muito raro”, disse Heather Stewart, da Kelpie Geosciences.

Esta espécie de lula é uma das maiores encontradas em águas profundas, sendo conhecida por ter os maiores fotóforos do mundo natural nas extremidades de dois dos seus tentáculos, que produzem flashes bioluminescentes brilhantes para assustar e desorientar as presas durante a caça.

“A lula, que tinha cerca de 75 centímetros de comprimento, desceu sobre a câmara assumindo que era uma presa e tentou assustá-la com os seus enormes faróis bioluminescentes. Envolveu a câmara com os tentáculos [e o aparelho] capturou o encontro com ainda mais detalhes. Acho que tivemos muita sorte por termos testemunhado isto”, complementou a estudiosa.

Já o professor Alan Jamieson, diretor do centro de investigação Minderoo-UWA Deep Sea, notou que, normalmente, os registos disponíveis desta espécie provêm “de encalhes, capturas acidentais ou do conteúdo estomacal de baleias”, o que torna “cada encontro valioso na recolha de informações sobre localizações geográficas, profundidade e comportamento” do animal, que é “tão único que quase nunca [o] conseguimos ver”.

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