Vladimir Putin é "a maior ameaça ao mundo dos últimos 80 anos"

Leonid Volkov, aliado próximo de Navalny, foi recentemente atacado à porta de casa com um martelo.

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© Oleg Nikishin/Getty Images

Notícias ao Minuto
18/05/2024 19:53 ‧ 18/05/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Leonid Volkov

Leonid Volkov, um aliado próximo do opositor russo Alexei Navalny, que foi vítima de um ataque no exterior da sua casa, na Lituânia, garantiu "nunca desistir" de lutar contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que considerou ser a "maior ameaça ao mundo dos últimos 80 anos".

Naquela que foi a primeira entrevista televisiva desde que foi atacado com um martelo à porta de casa, nos arredores de Vilnius, Volkov disse à BBC que irá continuar a lutar para que o "derradeiro sacrifício" de Navalny, que morreu numa colónia penal após três anos detido, "não seja em vão".

"Sempre soubemos que estávamos a lutar contra um ditador louco e fascista que não reconhece nenhuma linha vermelha", disse o opositor, acrescentando que a morte de Navalny é "uma ferida aberta no coração".

"Se há 50 coisas que podemos fazer, temos de fazer as 50. Se fizermos 49, não é suficiente, porque é a maior ameaça ao mundo que vimos nos últimos 80 anos", frisou Volkov, que destacou ainda a necessidade de exercer "pressão militar, económica, política, interna e externa" sobre o presidente russo.

Volkov, de 43 anos, foi hospitalizado após ter sido agredido à porta de casa, no início de março, e as autoridades lituanas já detiveram três suspeitos. "Um homem atacou-me no pátio e bateu-me na perna cerca de 15 vezes. A perna está bem. Dói-me a andar... No entanto, parti o braço", revelou Volkov, na altura.

O ataque a Leonid Volkov aconteceu cerca de um mês após a morte de Navalny. Os seus apoiantes, a viúva, Yulia Navalnaya, e muitos líderes ocidentais acusaram Vladimir Putin de ser o responsável pela sua morte, mas a presidência russa negou estas acusações.

Um dia antes de ser atacado, Volkov escreveu nas redes sociais: "Putin matou Navalny. E muitos outros antes disso". Além disso, horas antes do ataque, Volkov também disse ao meio de notícias independente russo Meduza que estava preocupado com a sua segurança após a morte do opositor russo. "O principal risco agora é sermos todos mortos. Ora, é uma coisa bastante óbvia", afirmou.

Leia Também: Viúva de Navalny contrata segurança após ataque com martelo a aliado

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