China impõe sanções a empresas dos EUA que vendem armas a Taiwan

A China impôs novas sanções contra três empresas dos EUA que vendem armas a Taiwan, avançou hoje a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, no dia em que o novo Presidente da ilha, William Lai Ching-te, tomou posse.

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Lusa
20/05/2024 06:19 ‧ 20/05/2024 por Lusa

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China

As empresas General Atomics Aeronautical Systems, General Dynamics Land Systems e Boeing Defense, Space & Security foram colocadas na lista de "entidades não confiáveis", informou a agência, citando o Ministério do Comércio chinês.

As empresas "serão proibidas de qualquer atividade de importação-exportação ligada à China e de qualquer novo investimento na China", de acordo com a Xinhua.

"Os principais executivos destas empresas estão proibidos de entrar na China e as suas autorizações de trabalho serão revogadas", acrescentou a agência.

O anúncio surgiu no dia em que William Lai assumiu o cargo de Presidente de Taiwan, substituindo Tsai Ing-wen (2016-2024) e iniciando oficialmente um mandato no qual procurará preservar a autonomia da ilha em relação à China continental.

Lai, de 64 anos, tomou posse ao lado da vice-presidente, Hsiao Bi-khim, durante uma cerimónia realizada no Palácio Presidencial de Taiwan, na capital, Taipé.

O até agora vice-presidente da ilha pronunciou algumas palavras diante de um busto do fundador da República da China (nome oficial de Taiwan), Sun Yat-sen, e deixou o Palácio Presidencial acompanhado de Tsai, para cumprimentar os milhares de pessoas que esperavam na praça.

Lai assinou mais tarde os decretos que nomeiam o primeiro-ministro Cho Jung-tai, o secretário-geral da Presidência Pan Men-an e o secretário-geral do Conselho de Segurança Nacional, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Joseph Wu Jaushieh.

Após a tomada de posse dos restantes ministros e dirigentes governamentais, Lai recebeu saudações dos convidados internacionais, incluindo das 12 nações que mantêm relações diplomáticas oficiais com Taiwan, bem como de políticos dos EUA, do Japão e de vários estados europeus.

O novo chefe de Governo irá sair novamente para a praça situada em frente ao Palácio Presidencial para proferir o discurso de posse.

Um total de seis aviões militares chineses foram detetados em torno de Taiwan nas últimas 24 horas, disse hoje o Ministério da Defesa Nacional taiwanês, alguns dos quais passaram a menos de 80 quilómetros da cidade de Keelung, no norte da ilha, onde está localizada uma base militar.

Desde as eleições de janeiro, que venceu com 40% dos votos, o novo Presidente de Taiwan demonstrou em diversas ocasiões abertura para o diálogo com a China sem "condições políticas prévias", reiterando, no entanto, que Taiwan é um país soberano, cujo futuro deve ser decidido pelos seus habitantes.

Pequim defende que qualquer contacto oficial com Taipei deve ser realizado com base no "consenso de 1992" e no "princípio de Uma Só China", que define o Partido Comunista Chinês como o único representante legítimo da China no mundo.

Leia Também: China e Rússia estão a apoiar "o expansionismo um do outro"

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