O detido foi interrogado "como suspeito das acusações de omissão do dever de socorro com resultado de morte e seis acusações de omissão de socorro ligeiro", informou hoje a direção da polícia de Budapeste, num comunicado divulgado na página 'online'.
O capitão é suspeito, segundo acrescentou a mesma nota informativa, de "não alertar a tripulação da sua própria embarcação após o acidente, não aplicar o protocolo de resgate, não efetuar qualquer ação para resgatar as pessoas que necessitavam e de não parar a embarcação".
A polícia não revelou a identidade e nacionalidade do detido, mas diversos 'media' indicaram ser um navegador com experiência e perto da idade de reforma.
O indiciado não admitiu os delitos que lhe foram imputados.
Aparentemente, o navio de cruzeiro que comandava, um "hotel flutuante" de bandeira suíça, prosseguiu viagem após a colisão que ocorreu na noite de sábado para domingo perto da localidade de Veroce, 40 quilómetros a norte da capital húngara.
Com 110 passageiros a bordo, o navio tinha zarpado de Budapeste com destino à cidade alemã de Passau, junto à fronteira com a Áustria.
A embarcação foi intercetada no domingo pela polícia húngara, perto da cidade de Komaron, a cerca de 90 quilómetros do local do acidente. As autoridades confirmaram danos laterais no casco da embarcação.
Foi aberto um inquérito para esclarecer as circunstâncias do acidente e interrogadas 25 pessoas até ao momento.
As equipas de resgate prosseguiam hoje as operações de busca de três homens e duas mulheres que, juntamente com outras três pessoas, se encontravam na lancha quando ocorreu o embate com o cruzeiro.
A organização de proteção civil considerou serem escassas as possibilidades de estas pessoas serem encontradas com vida, uma vez que já passaram mais de 24 horas após a colisão.
Duas pessoas morreram e uma terceira conseguiu nadar até à margem, sendo hospitalizada com lesões na cabeça e na clavícula.
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