As Foças Armadas referiram-se a pelo menos 200 mortos na cidade de Jabalia e no seu acampamento de refugiados (norte do enclave) em operações da divisão 98, e no terreno desde 11 de maio, segundo um comunicado militar.
As forças israelitas também referiram que 130 supostos combatentes foram mortos a leste de Rafah (sul), desde a entrada da divisão 162, em 7 de maio.
"Até agora, os soldados eliminaram mais de 200 terroristas, destruíram infraestruturas terroristas e túneis subterrâneos desde terra e desde o ar", disse o Exército sobre as operações em Jabalia.
Em Rafah também foi referida a descoberta de "significativas rotas de túneis" que estão a ser exploradas e destruídas.
Hoje foi referido que os corpos de quatro israelitas recuperados no fim de semana em Gaza (Ron Benjamin, Itzhak Gelerenter, Amit Buskila e Shani Louk) foram encontrados num túnel do acampamento de Jabalia.
As Forças Armadas israelitas voltaram a atacar o norte da Faixa de Gaza e na sequência da criticada ofensiva contra a cidade de Rafah (sul do enclave) em 6 de maio.
Israel mantém a pressão militar de norte a sul do devastado território palestiniano e os seus responsáveis admitem que a ofensiva se vai prolongar por pelo menos outros seis meses, com o objetivo de impedir que o Hamas volte a assumir o controlo político da Faixa de Gaza, indicou hoje o diário israelita Haaretz.
O Exército judaico estima que cerca de 950.000 pessoas abandonaram a cidade de Rafah desde o início da ofensiva no sul, enquanto entre 300.000 e 400.000 civis permanecem na localidade, onde estiveram concentrados 1,4 milhões de deslocados antes da entrada dos militares israelitas.
Hoje, a agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA) situou em 810.000 os refugiados palestinianos que retiraram de Rafah.
Em paralelo, o Governo do Hamas em Gaza acusou hoje as autoridades israelitas de agravarem a crise alimentar e sanitária no enclave ao manter encerrada a passagem fronteiriça de Rafah com o Egito, sob controlo das Forças Armadas após o início desta operação.
O encerramento desde há duas semanas da passagem fronteiriça "ameaça agravar a crise de segurança alimentar, em particular no norte de Gaza, e impede a saída de milhares de pessoas feridas que necessitam de ser retiradas para receber tratamento no estrangeiro", referiram as autoridades de Gaza em comunicado.
Mais de 35.500 pessoas, na maioria crianças, mulheres e idosos, foram mortas pelas forças israelitas desde 7 de outubro, e cerca de 80.000 feridas. Calcula-se ainda que pelo menos 10.000 corpos permanecem soterrados nos escombros sem possibilidade de acesso das equipas de resgate e médicas, segundo dados do Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
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