O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, considerou "absurda e vergonhosa" a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de emitir mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, na sequência do conflito entre Israel e o Hamas.
"A proposta do procurador-Geral do TPI contra o primeiro-ministro Netanyahu é absurda e vergonhosa. Estas iniciativas não vão aproximar o Médio Oriente da paz, mas apenas alimentar mais tensões", escreveu o governante húngaro numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
De recordar que o procurador do TPI, Karim Khan, solicitou na segunda-feira mandados de captura contra Netanyahu e o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, bem como contra três líderes do Hamas: Yahya Sinwar, Ismail Haniyeh e Mohamed Deif, por alegados crimes de guerra e contra a humanidade, cometidos durante os ataques do Hamas de 7 de outubro e a subsequente ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
The ICC Chief Prosecutor’s proposal against Prime Minister @netanyahu is absurd and shameful. Such initiatives will not bring the Middle East closer to peace, but only fuel further tensions.
— Orbán Viktor (@PM_ViktorOrban) May 20, 2024
Em retaliação, Israel empreendeu desde então uma ofensiva em grande escala no território palestiniano, que já fez mais de 35 mil mortos, na maioria civis, segundo o Governo do Hamas, e provocou uma grave crise humanitária.
Entre os crimes pelos quais o procurador-geral responsabiliza os dois responsáveis israelitas estão o uso da fome como "método de guerra" contra civis e o "assassinato intencional", enquanto responsabiliza os líderes do Hamas pela morte de centenas de civis israelitas.
Israel não faz parte desta instituição, tal como os Estados Unidos, pelo que não é obrigado a seguir as suas ordens.
Leia Também: "É absolutamente inaceitável equiparar o Hamas e Israel", diz Tajani