O antigo funcionário presidencial, identificado pela comunicação social ucraniana como Andrii Smyrnov, é acusado de ter adquirido bens imóveis e veículos com fundos cuja origem não é clara.
"São dois carros Mercedes-Benz e Volkswagen, duas motos Honda e BMW, três lugares de estacionamento em Kyiv, um apartamento em Lviv e um terreno na Transcarpácia", afirmou o órgão de combate à corrupção.
O antigo alto funcionário é acusado de ter transferido a maior parte destes bens para o seu irmão, "mantendo o direito de dispor deles na íntegra".
Smyrnov, demitido em março, incorre numa pena até dez anos de prisão se for considerado culpado.
Desde o início da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, vários casos de corrupção em grande escala foram revelados no país, incluindo nas Forças Armadas e nas estruturas governamentais.
A Ucrânia, que enfrentava graves problemas de corrupção endémica antes mesmo da invasão russa, comprometeu-se a aumentar os seus esforços para combater este crime, visando ao mesmo tempo tranquilizar os seus aliados ocidentais e manter a ambição de integrar a União Europeia (UE).
No início de maio, o ministro da Agricultura ucraniano, Mykola Solsky, demitiu-se após ser acusado de se ter apropriado de terras pertencentes ao Estado.
Em 2023, o ministro da Defesa, Oleksii Reznikov, deixou o cargo entre escândalos de peculato no Exército relacionados com a compra de munições e equipamentos para os soldados.
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