Biden pede "envio rápido" de força internacional para o Haiti
O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden apoia o "envio rápido" de uma missão internacional para garantir a segurança no Haiti, onde três missionários norte-americanos foram recentemente mortos por um grupo armado, realçou a Casa Branca.
© Drew Angerer/Getty Images
Mundo EUA
"A situação de segurança no Haiti não pode esperar", sublinhou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, que endereçou também as condolências às famílias das vítimas.
Três missionários norte-americanos morreram na sequência de um ataque armado contra um orfanato que abriga dezenas de crianças em Plaine, a norte de Porto Príncipe, controlado por gangues há vários meses, confirmou hoje a organização Missões no Haiti.
Duas das vítimas são filha e genro do congressista do Estado norte-americano do Missouri, Ben Baker, divulgou hoje o próprio político através das redes sociais.
"O meu coração está partido em mil pedaços. Nunca senti esse tipo de dor", escreveu o republicano, membro da Câmara dos Representantes estadual, na rede social Facebook.
A filha de Baker, Natalie, e o seu marido, Davy Lloyd, estavam no país a servir como missionários, quando foram atacados por um gangue armada.
A notícia foi partilhada nas redes sociais pelo ex-presidente e candidato presidencial, Donald Trump (2017-2021).
"Deus abençoe Davy e Natalie. Que tragédia. O Haiti está totalmente fora de controlo. Encontrem os assassinos AGORA!", referiu o republicano na sua rede social, Truth Social.
Natalie e Davy casaram-se em agosto de 2022 e mudaram-se para o Haiti três meses depois, segundo conta da jovem no Instagram.
Nas redes sociais surgem a trabalhar principalmente com crianças haitianas para a organização não-governamental (ONG) Missões no Haiti, fundada pelos pais de Davy, David e Alicia Lloyd, em 2000.
O Haiti vive uma espiral de violência com massacres, ataques, violações e sequestros às mãos de poderosos grupos armados, uma situação que se agravou desde o final de fevereiro.
Em março, o Departamento de Estado dos EUA emitiu um comunicado de viagem instando os americanos a não viajarem para o Haiti devido às suas condições de segurança "imprevisíveis e perigosas".
O Governo interino do Haiti anunciou na passada quarta-feira que vai prolongar por mais sete dias o recolher obrigatório no departamento de Oeste, onde fica a capital e onde também vigora o estado de emergência para tentar travar a violência.
O recolher obrigatório acompanha o estado de emergência prorrogado por um mês entre 09 de maio e 08 de junho, com o objetivo de restabelecer a ordem e tomar as medidas adequadas para recuperar o controlo da situação face aos elevados níveis de insegurança causados pelos gangues armados que controlam grande parte de Porto Príncipe e outras áreas.
Para ajudar a pôr fim à violência no Haiti, onde a insegurança causou cerca de 8.000 mortes no ano passado, uma missão multinacional de apoio à segurança chegará em breve a este país caribenho, liderada pelo Quénia e que tem a aprovação da ONU.
Leia Também: Insinuação de Trump de que Biden o queria matar é "extremamente perigosa"
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com