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Biden pede "envio rápido" de força internacional para o Haiti

O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden apoia o "envio rápido" de uma missão internacional para garantir a segurança no Haiti, onde três missionários norte-americanos foram recentemente mortos por um grupo armado, realçou a Casa Branca.

Biden pede "envio rápido" de força internacional para o Haiti
Notícias ao Minuto

06:43 - 25/05/24 por Lusa

Mundo EUA

"A situação de segurança no Haiti não pode esperar", sublinhou um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, que endereçou também as condolências às famílias das vítimas.

Três missionários norte-americanos morreram na sequência de um ataque armado contra um orfanato que abriga dezenas de crianças em Plaine, a norte de Porto Príncipe, controlado por gangues há vários meses, confirmou hoje a organização Missões no Haiti.

Duas das vítimas são filha e genro do congressista do Estado norte-americano do Missouri, Ben Baker, divulgou hoje o próprio político através das redes sociais.

"O meu coração está partido em mil pedaços. Nunca senti esse tipo de dor", escreveu o republicano, membro da Câmara dos Representantes estadual, na rede social Facebook.

A filha de Baker, Natalie, e o seu marido, Davy Lloyd, estavam no país a servir como missionários, quando foram atacados por um gangue armada.

A notícia foi partilhada nas redes sociais pelo ex-presidente e candidato presidencial, Donald Trump (2017-2021).

"Deus abençoe Davy e Natalie. Que tragédia. O Haiti está totalmente fora de controlo. Encontrem os assassinos AGORA!", referiu o republicano na sua rede social, Truth Social.

Natalie e Davy casaram-se em agosto de 2022 e mudaram-se para o Haiti três meses depois, segundo conta da jovem no Instagram.

Nas redes sociais surgem a trabalhar principalmente com crianças haitianas para a organização não-governamental (ONG) Missões no Haiti, fundada pelos pais de Davy, David e Alicia Lloyd, em 2000.

O Haiti vive uma espiral de violência com massacres, ataques, violações e sequestros às mãos de poderosos grupos armados, uma situação que se agravou desde o final de fevereiro.

Em março, o Departamento de Estado dos EUA emitiu um comunicado de viagem instando os americanos a não viajarem para o Haiti devido às suas condições de segurança "imprevisíveis e perigosas".

O Governo interino do Haiti anunciou na passada quarta-feira que vai prolongar por mais sete dias o recolher obrigatório no departamento de Oeste, onde fica a capital e onde também vigora o estado de emergência para tentar travar a violência.

O recolher obrigatório acompanha o estado de emergência prorrogado por um mês entre 09 de maio e 08 de junho, com o objetivo de restabelecer a ordem e tomar as medidas adequadas para recuperar o controlo da situação face aos elevados níveis de insegurança causados pelos gangues armados que controlam grande parte de Porto Príncipe e outras áreas.

Para ajudar a pôr fim à violência no Haiti, onde a insegurança causou cerca de 8.000 mortes no ano passado, uma missão multinacional de apoio à segurança chegará em breve a este país caribenho, liderada pelo Quénia e que tem a aprovação da ONU.

Leia Também: Insinuação de Trump de que Biden o queria matar é "extremamente perigosa"

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