"Instamos fortemente Pequim a exercer moderação. Ao usar uma transição normal, rotineira e democrática como desculpa para provocações militares corre o risco de uma escalada e corrói as normas de longa data, que mantiveram a paz durante décadas", disse o porta-voz dos EUA, Matthew Miller, em comunicado.
A China lançou, na quinta-feira, uma operação militar em resposta ao que disse serem os "atos separatistas" relacionados com a independência de Taiwan e contra "interferências e provocações" externas.
Desde 2022, é a quarta vez que a China recorre a este tipo de manobras.
O Ministério da Defesa Nacional de Taiwan localizou, em dois dias de manobras militares, 111 aviões de guerra, 82 dos quais entraram no espaço aéreo do país, e 53 navios da Marinha e da Guarda Costeira chinesa.
Matthew Miller disse que estas operações representaram uma "profunda preocupação" para os Estados Unidos e que põem em perigo a estabilidade do Estreito da Formosa, constituindo assim uma ameaça à "segurança e prosperidade regional e global".
O porta-voz assegurou ainda que os Estados Unidos, em coordenação com os seus aliados, estão a acompanhar de perto estas atividades da China.
Os ataques aéreos registados nas últimas horas são os mais numerosos desde abril de 2023, quando a China lançou um conjunto de manobras em torno de Taiwan, após a reunião entre o então Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, e o ex-presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Kevin McCarthy.
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