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Líder alemão diz que Europa "já não é lugar pacífico" e deve defender-se

O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, advertiu hoje que a Europa, liderada pela Alemanha e França, deve aprender novamente a defender-se contra ataques externos e internos, porque "já não é um lugar pacífico" devido à invasão russa da Ucrânia.

Líder alemão diz que Europa "já não é lugar pacífico" e deve defender-se
Notícias ao Minuto

23:50 - 26/05/24 por Lusa

Mundo Alemanha

As afirmações de Steinmeier foram proferidas no jantar de Estado oferecido ao Presidente francês, Emmanuel Macron, no Palácio de Bellevue, em Berlim, no âmbito da primeira visita de Estado de um chefe de Estado francês à Alemanha em 24 anos, num momento em que a Alemanha celebra os 75 anos da Lei Fundamental e os 35 anos da Revolução Pacífica que precedeu o fim da República Democrática Alemã (RDA).

A visita, segundo o Presidente alemão, oferece "um sinal à Europa, perto das eleições europeias".

Steinmeier "considerou que a Europa não pode ser tomada como garantida", recordando que "a reconciliação entre a França e a Alemanha era, e continua a ser, a condição prévia para uma Europa unida".

"Vivemos numa Europa verdadeiramente unida há quase três décadas e meia", disse o chefe de Estado, "mas a nossa Europa atual já não é pacífica. A guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia é um ataque a tudo aquilo em que se baseia a nossa Europa comum: a validade do Estado de direito, o reconhecimento das fronteiras, a liberdade e a democracia", lamentou.

"Juntos, temos de aprender mais uma vez a defendermo-nos melhor dos agressores e a tornar as nossas sociedades mais resistentes aos ataques externos e internos", sublinhou o Presidente alemão, aludindo também, sem o mencionar, à ascensão da extrema-direita na Europa.

Steinmeier elogiou o facto de Macron ter evocado a ideia da soberania europeia muito antes do ataque russo e de a ter promovido constantemente.

O Presidente alemão sublinhou que "a França e a Alemanha partilham uma história comum e estão a escrever um futuro comum" e mencionou o escritor francês Laurent Gaudé, que descreveu a sua preocupação com o futuro comum do continente da seguinte forma: "A Europa tentou criar uma entidade baseada na razão, mas esqueceu-se do sangue vital e corre agora o risco de se tornar um grande corpo anémico".

"Para encher a Europa de sangue vital, é preciso mais do que as nossas mentes. É preciso os nossos corações. É preciso a nossa força unida, se quisermos preservar esta Europa, se quisermos dar-lhe forma. A Europa precisa de paixão", especialmente a dos jovens", afirmou o Presidente alemão.

"E a 9 de junho, a Europa precisa também da voz dos seus cidadãos nas eleições para o Parlamento Europeu", sublinhou.

Leia Também: Macron alerta contra "fascínio pelo autoritarismo" antes das eleições

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