"Indignado com os ataques israelitas que mataram muitas pessoas deslocadas em Rafah. Estas operações têm de acabar", afirmou o chefe de Estado francês, numa mensagem publicada na sua conta da rede social X.
Macron sublinhou que "não há zonas seguras em Rafah para os civis palestinianos" e apelou ao "pleno respeito pelo Direito internacional" e a "um cessar-fogo imediato".
O exército israelita anunciou no domingo que lançou ataques contra um complexo do movimento islamita Hamas em Rafah, admitindo ter ferido civis, mas a presidência da Autoridade Palestiniana e o grupo extremista, no poder em Gaza desde 2007, acusaram Telavive de atacar deliberadamente um centro de deslocados.
"Um avião atingiu um complexo do Hamas em Rafah, onde operavam terroristas importantes do Hamas", declarou o exército israelita em comunicado, acrescentando ter "conhecimento de informações segundo as quais vários civis da zona ficaram feridos".
A presidência palestiniana acusou, no entanto, Israel de ter atingido deliberadamente um centro para pessoas deslocadas perto de Rafah, com o Hamas a avançar, por sua vez, que o ataque matou pelo menos 50 pessoas.
"Este massacre atroz perpetrado pelas forças de ocupação israelitas é um desafio a todas as resoluções internacionais sobre a legitimidade", escreveu a liderança da Autoridade Palestiniana num comunicado.
Também numa nota informativa, o Hamas apelou a uma mobilização geral dos palestinianos contra o exército israelita.
"À luz do horrível massacre sionista cometido (...) pelo criminoso exército de ocupação contra as tendas de pessoas deslocadas, apelamos às massas do nosso povo na Cisjordânia, em Jerusalém, nos territórios ocupados e no estrangeiro para que se levantem e marchem com raiva", escreveu o movimento extremista palestiniano num comunicado.
Israel e o Hamas estão em guerra desde um ataque do grupo palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, ter causado cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Telavive.
A ofensiva israelita na Faixa de Gaza, lançada após o ataque, provocou mais de 36.000 mortos, segundo o Hamas, grupo classificado como "organização terrorista" por Israel, União Europeia (UE) e Estados Unidos.
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