Desnuclearização da península coreana? "É uma grave provocação política"
A Coreia do Norte considerou uma "grave provocação política" a proposta de desnuclearização da península coreana discutida numa cimeira entre Seul, Tóquio e Pequim.
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Mundo Coreia do Norte
"Discutir hoje a desnuclearização da península coreana é uma grave provocação política", afirmou um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros norte-coreano, citado pela agência oficial, acrescentando que a questão põe em causa a Constituição da Coreia do Norte.
"Violaria a posição constitucional do nosso país (Coreia do Norte) como um Estado com armas nucleares", referiu o mesmo responsável.
Seul, Tóquio e Pequim reiteraram hoje empenho na "desnuclearização da península coreana" e na paz, durante a primeira cimeira tripartida em quase cinco anos, prometendo reforçar a cooperação económica e encorajar a conclusão de um acordo trilateral de comércio livre.
A questão não estava oficialmente inscrita na ordem de trabalhos das conversações entre o Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol, o primeiro-ministro chinês Li Qiang e o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida.
"Reiteramos as nossas posições sobre a paz e a estabilidade na região e a desnuclearização da península coreana", escreveram os líderes numa declaração conjunta, afirmando que pretendem "prosseguir os esforços positivos para uma resolução política" da questão.
O lançamento de um satélite - anunciado como "iminente" pela Coreia do Norte -, com armas nucleares, fez com que o assunto fosse discutido.
No domingo, Pyongyang informou a guarda costeira japonesa sobre o lançamento do satélite, violando as sanções das Nações Unidas contra a Coreia do Norte.
Segundo Seul, a Coreia do Norte recebe ajuda espacial de Moscovo em troca do fornecimento de armas às tropas russas na campanha contra a Ucrânia.
Em novembro de 2023, Pyongyang colocou pela primeira vez em órbita um satélite espião.
Yoon e Kishida exortaram Pyongyang a cancelar o lançamento, que, segundo o chefe de Estado da Coreia do Sul, prejudicaria "a paz e a estabilidade regional e mundial" e exigiria uma reação "decisiva" da comunidade internacional, caso fosse levado a cabo.
Li Qiang não abordou o assunto na conferência de imprensa que se realizou hoje.
A República Popular da China é um parceiro comercial fundamental e um aliado diplomático importante da Coreia do Norte.
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