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Egito investiga morte de guarda fronteiriço em Rafah

O Exército egípcio anunciou hoje a abertura de uma investigação sobre a morte de um guarda de fronteira em tiroteios ??na região fronteiriça de Rafah, entre o Egito e a Faixa de Gaza, onde estão destacadas forças israelitas.

Egito investiga morte de guarda fronteiriço em Rafah
Notícias ao Minuto

21:18 - 27/05/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

"As Forças Armadas egípcias, através das autoridades competentes, estão a investigar tiroteios na zona fronteiriça de Rafah que resultaram na morte de um dos guardas", segundo um comunicado divulgado pelo porta-voz do Exército.

O Exército israelita, por sua vez, disse estar a analisar um incidente envolvendo tiroteios na fronteira egípcia, relatando "conversas em curso" com as autoridades do Cairo.

De acordo com os primeiros elementos da investigação, "foram disparados tiros" entre o Exército israelita e palestinianos armados, "o que levou a disparos em várias direções", disse na noite de hoje uma fonte de segurança citada pelo Al-Qahera News, um órgão próximo dos serviços de informações do Cairo.

Nessa altura, a guarda de fronteira "tomou medidas de proteção e investigou a origem" dos disparos, segundo esta fonte.

O Exército israelita tem levado a cabo operações militares acompanhadas de bombardeamentos desde 07 de maio em Rafah, uma cidade no sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito.

As autoridades do Cairo alertaram para "as repercussões das operações militares israelitas no 'Eixo Filadélfia' e para qualquer ataque à segurança do pessoal de segurança egípcio destacado nas fronteiras", acrescentou a fonte citada pela Al-Qahera, em referência a uma zona tampão de cerca de 12 quilómetros entre o Egito e a Faixa de Gaza.

Desde o início da guerra em outubro passado entre Israel e o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza, o Egito tem estado empenhado em permanecer solidário com os palestinianos e em preservar as suas relações com Telavive, sendo um dos países mediadores para a obtenção de uma trégua no conflito.

Mas as tensões persistem, com o Cairo também a temer as repercussões no seu território da guerra em curso na Faixa de Gaza e a aumentar o seu tom desde o início das operações militares israelitas em Rafah.

Nos últimos meses, ataques aéreos ou fogo de artilharia do Exército israelita atingiram a passagem fronteiriça de Rafah, que, no início do mês, ficou controlada pelas forças de Telavive.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do Hamas em solo israelita de 07 de outubro de 2023, que causou acima de 1.100 mortos e colocou cerca de 250 pessoas na condição de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala no território palestiniano, que já custou a morte a mais de 36 mil pessoas, na maioria civis, e deixou o enclave numa grave crise humanitária, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.

Leia Também: Portugal condena bombardeamentos em Rafah e pede "cessar-fogo imediato"

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