"Apelo a todos os Estados para que cumpram os seus compromissos de apoiar os Pequenos Estados Insulares na realização do desenvolvimento sustentável", afirmou o chefe do Governo de Timor-Leste, citado no comunicado.
O primeiro-ministro falava, segunda-feira, na IV Conferência Internacional sobre os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, dedicada ao tema "Traçar Juntos o Caminho para a Prosperidade Resiliente", que decorre em Antígua e Barbuda.
"Acredito que, juntos, não somos pequenos. Juntos com uma visão e ambição partilhadas, somos Grandes Estados Oceânicos, que trabalham pela prosperidade resiliente do nosso povo", disse o primeiro-ministro timorense.
Na sua intervenção, Xanana Gusmão destacou que as alterações climáticas provocadas pelos países industrializados criaram uma "situação de emergência global", que ameaça a existência dos países pobres e vulneráveis.
O chefe do Governo timorense criticou igualmente a atuação dos países desenvolvidos, que defendem a importância de uma "ordem global", que "muitas vezes perpetua desigualdades e exploração".
O primeiro-ministro de Timor-Leste afirmou que o seu país concorda em adotar um novo plano de ação para os Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, mas salientou que a implementação só fará sentido se tiver um orçamento adequado às necessidades.
No passado dia 23, o Tribunal Internacional do Direito do Mar emitiu um parecer favorável a um pedido apresentado pelos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento sobre alterações climáticas e direito internacional, segundo as Nações Unidas.
O parecer refere que os Estados Partes têm obrigações de proteger e preservar os mares dos impactos das alterações climáticas e da acidificação dos oceanos, incluindo tomar medidas para restaurar habitats e ecossistemas degradados.
Fazem parte dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento 39 países, incluindo Timor-Leste, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
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