Reino Unido alerta para risco de rapto em Moçambique

O Governo britânico advertiu hoje os britânicos que visitem Moçambique para o risco de rapto, sobretudo em Maputo, na sequência de vários casos recentes. 

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Lusa
28/05/2024 16:47 ‧ 28/05/2024 por Lusa

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Numa atualização à página de Internet de conselhos aos viajantes, o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico refere que foram registados "raptos com pedido de resgate em Moçambique, principalmente na capital, Maputo". 

"Os raptos têm geralmente como objetivo o lucro financeiro ou são motivados pela criminalidade. Embora a maioria das vítimas sejam moçambicanas, os raptores podem também visar estrangeiros", indica, acrescentando que empresários podem correr um risco acrescido.

O mais recente caso de rapto em Maputo deu-se no sábado, envolvendo um jovem de 29 anos que foi levado por oito homens armados que fizeram disparos na via, indicou na altura à Lusa fonte do Serviço Nacional de Investigação Criminal.

De acordo com a fonte, o rapto deu-se na avenida Joaquim Chissano, junto a um dos estabelecimentos comerciais da vítima, sendo que quatro dos raptores tinham metralhadores AK-47, que utilizaram para disparar.

Este foi o segundo rapto de empresários nos últimos 15 dias em Maputo, e pelo menos o quarto conhecido publicamente desde o início do ano.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) registou um total de 185 casos de raptos e pelo menos 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011, anunciou em março o ministro do Interior.

"A cidade de Maputo apresenta maior tendência e incidência de casos criminais de raptos, seguida da província de Maputo e, por fim, Sofala, com registo de 103, 41 e 18 casos, respetivamente", declarou o ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Ronda, em 19 de março.

A onda de raptos em Moçambique tem afetado empresários e seus familiares, sobretudo pessoas de ascendência asiática, o que para as autoridades exige uma reflexão.

A maioria dos raptos cometidos em Moçambique é preparada fora do país, o que dificulta o combate a este tipo de crimes, disse em abril, no parlamento, a procuradora-geral da República, Beatriz Buchili.

A maioria dos mandantes vive na África do Sul, avançou.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, admitiu que o combate aos raptos que assolam o país, nomeadamente Maputo e sobretudo empresários, requer mais "proatividade", nomeadamente a colaboração com o setor privado e outros países.

"Estamos a fazer o trabalho com os países que têm muita experiência neste sentido", garantiu Nyusi, no discurso da XIX CASP há duas semanas atrás, em 15 de maio.

Leia Também: Insegurança alimentar atinge cerca de mil famílias no sul de Moçambique

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