No decurso de um contacto telefónico, o Presidente francês "assinalou o compromisso da França em trabalhar para garantir com os seus parceiros europeus e árabes uma visão comum de paz que forneça garantias de segurança para palestinianos e israelitas", e "inscrever a perspetiva de reconhecimento do Estado da Palestina numa dinâmica útil".
"Nesta perspetiva", o Presidente francês "recordou o apoio da França a uma Autoridade Palestiniana reformada e reforçada, com capacidade para exercer as suas capacidades no conjunto dos Territórios Palestinianos, incluindo na Faixa de Gaza, em benefício dos palestinianos".
O chefe de Estado também "sublinhou a determinação da França em trabalhar com a Argélia e os seus parceiros no Conselho de Segurança" da ONU "para que este se exprima fortemente sobre Rafah e ainda no prosseguimento dos esforços em torno do projeto de resolução francês".
Citado no comunicado, Macron também considera que o bombardeamento israelita de Rafah constitui "uma nova tragédia", e dirige "as suas sinceras condolências ao povo palestiniano pelo intolerável balanço humano da operação em Gaza".
Na terça-feira, Argel distribuiu aos restantes membros do Conselho de Segurança um projeto de resolução onde se refere "que Israel, potência ocupante, deve cessar imediatamente a sua ofensiva militar e qualquer outra ação em Rafah", segundo o texto divulgado pela agência noticiosa AFP.
Por sua vez, Paris avançou no final de março com outro texto destinado designadamente a preparar o pós-guerra em Gaza, mas que ainda está em negociações.
"Face aos propagadores do ódio e aos movimentos terroristas, é urgente relançar os esforços de paz e pôr termo ao adiamento sistemático da aplicação da solução de dois Estados e o estabelecimento de um Estado palestiniano", afirma a presidência francesa.
A Espanha, Irlanda e Noruega reconheceram oficialmente na terça-feira um Estado da Palestina com o objetivo de avançar no processo de paz, uma iniciativa que provocou a cólera de Israel. Macron disse estar "pronto a reconhecer" esse Estado mas "num momento útil", e não com base na "emoção".
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