Szijjártóv declarou que a posição húngara "é clara: menos sanções e mais cooperação!".
A União Europeia (UE) impôs um draconiano pacote de sanções pela repressão, na sequência dos protestos de massas após as eleições presidenciais de 2020 consideradas fraudulentas pela oposição e o ocidente.
O isolamento da Bielorrússia agravou-se após o autoritário Presidente Alexander Lukashenko ter permitido à Rússia que utilizasse o seu território para desencadear a invasão em larga escala da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.
Ao argumentar que "as sanções não funcionam", Szijjártóv assinalou no entanto que a Hungria "intensificou a cooperação económica com a Bielorrússia em áreas não afetadas pelas sanções".
"Vamos fornecer o apoio necessário para desenvolver a cooperação", disse. "Discutimos de forma aberta, não escondemos nada".
Responsáveis oficiais bielorrussos e húngaros assinaram um acordo de cooperação sobre energia nuclear que prevê o treino de pessoal e o controlo do lixo radioativo.
A Hungria coopera igualmente com a Rússia para a instalação de um novo reator na sua central nuclear de Paks, que deverá estar operacional no final da corrente década. A Bielorrússia também possui uma central nuclear de origem russa.
O ministro dos Negócios Estrangeiros bielorrusso, Sergei Aleinik, manifestou esperança que a presidência rotativa semestral da União Europeia (UE), que a Hungria assume em julho, poderá encorajar "perspetivas saudáveis" na Europa.
A Viasna, o mais antigo grupo de direitos humanos, tem-se referido a 1.400 presos políticos na Bielorrússia, incluindo o fundador do grupo, Ales Bialiatski, prémio Nobel da Paz em 2022.
A líder da oposição bielorrussa Sviatlana Tsikhanouskaya, que desafiou Lukashenko nas presidenciais de 2020 e foi forçada a abandonar o país após a votação, aproveitou para criticar a visita de Szijjártóv a Minsk, apesar das sanções da UE.
"Esta visita é absolutamente inaceitável e imoral", disse em declarações à agência noticiosa Associated Press (AP).
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