Aos 24 anos, a agente da Polícia Nacional da Ucrânia Mariana Checheliuk regressou, finalmente, a casa, depois de ter passado mais de dois anos em cativeiro.
A jovem natural de Mariupol estava entre os 75 cidadãos ucranianos libertados na 52.ª troca de prisioneiros entre a Ucrânia e a Rússia, na sexta-feira, segundo o jornal Ukrainska Pravda.
Aquele meio contou que, no brotar da invasão russa, a jovem e a sua irmã mais nova estavam escondidas na siderúrgica de Azovstal mas, após a retirada dos civis, foram separadas num campo de filtragem russo.
Ao ficarem a par da profissão de Mariana, as forças russas tê-la-ão levado para o centro de prisão preventiva de Donetsk. Depois, mantiveram-na num campo de prisioneiros de guerra em Olenivka, bem como em prisões em Taganrog e Mariupol.
"Estavam a tentar atrair a minha filha para o lado russo com doces promessas de um grande salário e intimidação. Mas ela recusou", disse a mãe de Mariana, Nataliia Checheliuk, em janeiro.
A progenitora da agente relatou que a filha passou fome, foi espancada e foi torturada em cativeiro, tendo desenvolvido doenças respiratórias e dores de garganta que evoluíram para uma forma crónica de bronquite.
"Mariana perdeu muito peso, o seu sistema imunitário enfraqueceu, os seus cabelos começaram a cair e a menstruação desapareceu", descreveu Nataliia.
Mariana não recebia cartas da mãe, que as enviava constantemente. De facto, a jovem não sabia absolutamente nada sobre o que tinha acontecido à família ou o seu paradeiro.
Agora, as autoridades ucranianas partilharam imagens que mostram a jovem a telefonar para a mãe, já livre, na sua terra-natal.
Um total de 70 homens e cinco mulheres foram trazidos para a Ucrânia como parte da troca. Pelo menos um terço dos prisioneiros de guerra ficaram feridos, gravemente doentes ou incapacitados.
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