"Nenhum instrutor envolvido na formação dos militares ucranianos tem imunidade" contra os ataques, disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência francesa AFP.
"Não importa se são franceses ou não", afirmou, ao comentar uma notícia do jornal norte-americano The Washington Post sobre planos da França de enviar especialistas militares para a Ucrânia.
Segundo Peskov, a operação militar especial na Ucrânia, a designação oficial de Moscovo para a guerra, continua a decorrer "de acordo com as metas e os objetivos formulados pelo Comandante Supremo", o Presidente Vladimir Putin.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, anunciou Putin na altura.
Na semana passada, o comandante-chefe do exército ucraniano, Oleksandre Syrsky, afirmou que a França iria enviar em breve instrutores para treinar as tropas da Ucrânia, que enfrentam uma nova ofensiva russa desde há um mês.
Pouco depois, o Ministério da Defesa ucraniano afirmou que o envio de instrutores estava "ainda em discussão" com a França e outros países.
Oficialmente, a França não tem pessoal militar a ajudar ou a treinar as forças ucranianas na Ucrânia, segundo a AFP.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, tem levantado repetidamente a possibilidade de enviar tropas ocidentais para ajudar Kiev, provocando polémica entre os seus aliados e irritando a Rússia.
O plano de uma coligação europeia de instrutores militares para treinar as tropas ucranianas na Ucrânia, que a França gostaria de ver, está a ser discutido entre os europeus, mas parece estar longe de estar finalizado.
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