"É claro que o resultado é contra Modi", afirmou o político, citado pelo jornal 'The Times of India', enquanto Rahul Gandhi, antigo líder e figura destacada deste partido da oposição considerou que os eleitores "castigaram" o partido nacionalista hindu de Modi.
"Os eleitores castigaram o Bharatiya Janata Party (BJP). Eu estava convencido de que o povo deste país daria a resposta certa", declarou aos jornalistas Gandhi, uma das principais figuras do Partido do Congresso.
Quarta-feira haverá uma reunião entre os membros da coligação ÍNDIA, que o Congresso integra, para discutir a possibilidade de formar um governo.
"A nossa aliança decidirá amanhã (quarta-feira) e nós agiremos de acordo com o que for decidido", sublinhou Gandhi - libertado sob fiança em fevereiro, depois de ter sido detido num caso de difamação que remonta a 2018 - enquanto instava "os mais pobres e marginalizados da Índia a levantaram-se para salvar a Constituição".
Decorre hoje a contagem dos votos das eleições gerais da Índia, que se prolongaram por seis semanas e sete fases e nas quais Modi procura o seu terceiro mandato.
Os primeiros resultados revelaram que o BJP obteve menos lugares do que o previsto, já que segundo os resultados preliminares divulgados conquistou 62 lugares na câmara baixa do parlamento (Lok Sabha), e a Aliança Democrática Nacional, que integra, 67.
A aliança INDIA conquistou até ao momento 31 lugares, 27 dos quais para o Partido Congresso. No total, são necessários 272 lugares para obter a maioria.
Na Índia há cerca de 970 milhões eleitores - mais de 10% da população mundial -, tendo a taxa de participação sido, em média, de 66%, de acordo com os dados oficiais.
O apuramento nos centros de contagem em 543 círculos eleitorais poderá prolongar-se até ao final desta tarde antes de serem anunciados os resultados finais.
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