Figura carismática que se destacou pelos seus inquéritos anticorrupção e crítico do poder do Kremlin (presidência russa), Navalny, que hoje completaria 48 anos, morreu numa prisão do Ártico em fevereiro passado.
Apesar da repressão aos setores da oposição, alguns dos seus apoiantes cobriram a sua campa com dezenas de retratos, notas, desenhos, flores e textos manuscritos, segundo a AFP, que acrescentou que dezenas de pessoas, na maioria jovens, entoaram canções acompanhadas à guitarra, enquanto outras choravam.
"Feliz aniversário, herói!", "Nunca te abandonaremos!" ou "Eras genial", eram algumas das frases dos cartazes exibidos na cerimónia.
"Hoje, é o aniversário de Alexei, não pude deixar de vir. É pena que tenhamos perdido este homem", declarou à AFP Tatiana, uma moscovita de 47 anos com brincos em forma de pombas.
A presença policial no cemitério onde o opositor está enterrado foi discreta, apesar da repressão da dissidência que se agravou nos últimos anos, em particular após a invasão militar em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Nas redes sociais, os colaboradores e aliados de Navalny, na maioria exilados no estrangeiro, também saudaram a sua memória e partilharam fotografias e recordações do opositor.
"Feliz aniversário, Alexei. Eras genial", escreveu o seu braço direito, Leonid Volkov, exilado na Lituânia.
A viúva do opositor Yulia Navalnaya assistiu a um serviço religioso numa igreja de Berlim, presidido por um padre ortodoxo proibido de exercer o ofício na Rússia devido a declarações contra a ofensiva na Ucrânia, segundo os 'media' russos.
Também em Lisboa está prevista para hoje uma marcha em memória do opositor, organizada pela Associação de Russos Livres.
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