A equipa legal do antigo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que seja levantada a ordem de silêncio que lhe foi imposta no âmbito do caso em que foi considerado culpado de pagar a uma atriz pornográfica para esconder uma alegada relação, em 2016.
"Agora que o julgamento foi concluído, as preocupações articuladas pelo governo e pelo tribunal não justificam restrições contínuas aos direitos da Primeira Emenda do presidente Trump", escreveu o advogado de defesa Todd Blanche numa carta datada de 3 de junho, tornada pública esta terça-feira e citada pela agência Reuters.
Antes do início do julgamento, em abril, o juiz Juan Merchan restringiu as declarações públicas do antigo presidente e atual candidato às eleições de novembro de 2024 sobre o júri, testemunhas e outros envolvidos no caso.
Donald Trump foi condenado na quinta-feira por falsificação de documentos para encobrir um escândalo sexual num julgamento sem precedentes contra um ex-presidente dos Estados Unidos.
No dia 11 de julho, o juiz deverá definir a sentença, que poderá ser de prisão, uma vez que a falsificação de documentos contabilísticos é punível com pena de até quatro anos de cadeia no estado de Nova Iorque.
Contudo, na ausência de antecedentes criminais do arguido de quase 78 anos, o juiz pode aliviar a sentença, com uma pena suspensa com liberdade condicional ou serviço comunitário, bem como uma multa.
Em qualquer caso, Donald Trump poderá recorrer, com provável efeito suspensivo da sua pena, nomeadamente em caso de prisão.
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