Durante o seu discurso no 10.º Fórum Empresarial Latino-Americano, em Buenos Aires, Milei disse: "Ao contrário de outros, que apresentaram planos de ajustamento de meio ponto, que acabaram a voar no ar, nós fizemos o ajuste de sete pontos, estamos aqui e vamos continuar na luta".
O chefe de Estado argentino adiantou que o corte do défice orçamental equivalente a sete pontos do produto interno bruto fez-se para pôr "ordem" nas contas do Estado e garantiu que não vai permitir que o ponham em risco.
A declaração de Milei ocorreu depois de a Câmara dos Deputados ter aprovado hoje a reforma do sistema de pensões, a qual tem agora ainda de ir ao Senado.
"Cada vez que os degenerados fiscais da política queiram romper o equilíbrio orçamental, vou vetar tudo", avisou em alusão aos grupos dos deputados da oposição que aprovaram a recomposição dos montantes destinados aos reformados.
Ao falar de austeridade, defendeu a redução do número de Ministérios e os despedimentos de funcionários públicos, o que tem suscitado fortes protestos nas ruas.
"Sabíamos que o programa ia gerar tensão social. Reduzir a quantidade de Ministérios a metade não foi grátis. Despedimos e vamos acabar a afastar 75 mil pessoas. Já levamos 25 mil. Eliminamos as transferências discricionárias, as obras públicas e eliminámos contratos", detalhou na ocasião.
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