Podoliak defendeu que a possibilidade de destruir infraestruturas militares e estratégicas em toda Rússia, e não apenas nas áreas perto da fronteira, como exigiram os parceiros de Kiev, mudaria radicalmente a situação.
Essa alteração das regras de utilização das armas ocidentais daria à Ucrânia uma oportunidade de recuperar a iniciativa, que está do lado da Rússia desde o fracasso da contraofensiva de Kiev do verão passado.
"Destruição de infraestruturas de guerra, independentemente da profundidade em que se encontrem no território russo, incluindo refinarias de petróleo", disse nas redes sociais, ao descrever o que a Ucrânia gostaria de fazer, segundo a agência espanhola EFE.
A iniciativa inclui "ataques a locais de concentração de recursos nas regiões fronteiriças da Federação Russa ao longo de toda a linha da frente".
"Destruição das bases de aviação tática e dos centros logísticos que permitem a utilização em grande escala de bombas aéreas guiadas", acrescentou.
O conselheiro presidencial ucraniano referia-se a um tipo de armamento que a Rússia está a utilizar em grande escala para destruir posições ucranianas e abrir caminho para os ataques terrestres.
Os Estados Unidos anunciaram que vão autorizar a Ucrânia a atacar alvos militares russos localizados perto da zona fronteiriça que a Rússia está a utilizar para atacar a região ucraniana de Kharkiv (nordeste).
A decisão foi anunciada depois de países como o Reino Unido e a França terem afirmado que iriam levantar a proibição de a Ucrânia utilizar as suas armas para atacar determinados alvos na Rússia.
Na mensagem, Podoliak apelou também para um reforço das restrições ao acesso da Rússia aos mercados financeiros mundiais, bem como a uma proibição explícita da presença de empresas europeias no mercado russo.
Segundo Podoliak, estas medidas "reduziriam drasticamente a capacidade da Rússia para financiar a guerra".
O conjunto de medidas permitiria à Ucrânia recuperar a iniciativa, segundo Podoliak.
"Todas elas devem ser plenamente adotadas e, então, a situação será diferente", reiterou.
Desde que foi invadida pela Rússia em fevereiro de 2022, a Ucrânia tem recebido ajuda financeira e militar dos aliados ocidentais, mas também tem criticado hesitações e atrasos nas entregas de armas.
Os parceiros de Kiev também têm decretado sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Leia Também: Ucrânia. Suíça descarta acordo imediato durante a conferência de paz