Os ataques aconteceram nas aldeias da região de Baswagha-Madiwe, no território de Beni, de acordo com voluntários de Cantine e Mabalako que visitaram a área acompanhados pelos militares e relatados pela Rádio Okapi.
Só no sábado foram encontrados os corpos de 42 civis mortos na aldeia de Masala. Outros 30 civis foram mortos em Masau, Mununze, Kabweke e Manlese. Os atacantes também levaram 25 motas e incendiaram várias casas.
A população fugiu das aldeias e deslocou-se para a cidade de Beni e para Mabalako, onde o Hospital Geral de Referência está saturado de doentes, na sua maioria feridos nos ataques.
No sábado, tropas das forças armadas congolesas chegaram a Mabalako e a Cantine para garantir a segurança dos poucos habitantes que não tinham fugido da zona.
De acordo com fontes da sociedade civil, 123 civis foram mortos no território do Beni desde 3 de maio em vários ataques atribuídos às ADF, principalmente nas regiões de Bapakombe-Pendekali, Mangina, Mantumbi, Kudukudu, Kalmango e Beu-Manyama.
As ADF, um grupo ugandês criado nos anos 1990, particularmente ativo no leste da RDC e acusado de matar centenas de civis nesta parte do país, dividiu-se em 2019 depois de o seu líder ter jurado fidelidade ao grupo jihadista Estado Islâmico na África Central (ISCA), sob cuja bandeira tem operado.
Leia Também: Pelo menos 42 mortos em ataque na República Democrática do Congo