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PP fala em "censura a Sánchez" e novo ciclo político no país

O Partido Popular (PP, direita) considerou que os resultados das eleições europeias de domingo em Espanha, que venceu, são uma censura ao governo do socialista Pedro Sánchez e que abrem um novo ciclo político no país.

PP fala em "censura a Sánchez" e novo ciclo político no país
Notícias ao Minuto

00:48 - 10/06/24 por Lusa

Mundo Eleições Europeias

"Hoje houve um sim a Alberto Núñez Feijóo [presidente do PP] e um não a Pedro Sánchez e à sua forma de fazer política", afirmou a "número dois" do partido, Cuca Gamarra, numa declaração aos jornalistas na sede dos populares, em Madrid.

Cuca Gamarra destacou que o PP, com Feijóo à frente, venceu de novo, no domingo, eleições de índole nacional em Espanha, como aconteceu já por diversas vezes no último ano, incluindo nas legislativas nacionais de 23 de julho de 2023, apesar de os populares terem ficado fora do Governo por causa de uma geringonça parlamentar que reinvestiu Sánchez primeiro-ministro.

"Há apenas um ano, Pedro Sánchez convocou eleições [legislativas] porque perdeu as eleições municipais por 3,4 pontos [para o PP]. Hoje perdeu por quatro pontos", afirmou Cuca Gamarra, que considerou estar em causa uma "censura a Sánchez" e, sem nunca pedir a demissão do Governo ou a antecipação das legislativas, defendeu que o primeiro-ministro espanhol deve ser consequente e tomar uma decisão "de acordo com o que disseram os espanhóis".

Gamarra destacou também que os dois partidos na coligação de governo em Espanha, o socialista (PSOE) e o Somar, são hoje a segunda e quinta forças em Espanha.

Minutos depois, numa declaração a um grupo de simpatizantes do PP que se concentraram na entrada da sede do partido, Feijóo considerou também que Espanha está perante "um novo ciclo político".

Tanto Feijóo como Gamarra destacaram que o PP ganhou 1,5 milhões de votos, elegeu mais nove eurodeputados e cresceu mais de 14 pontos em relação ás europeias anteriores, de 2019.

O PP ficou também à frente do PSOE, ao contrário do que aconteceu em 2019, e duplicou a diferença em relação aos socialistas que tinha alcançado em julho de 2023, destacou Feijóo, referindo-se aos 700 mil votos que teve a mais do que Sánchez no domingo.

Para o PP, seis meses após a reeleição de Sánchez como primeiro-ministro no parlamento, "os espanhóis censuraram já o seu Governo", concluiu Cuca Gamarra.

O PP venceu as eleições europeias de domingo em Espanha, com 34,2% dos votos e 22 eurodeputados eleitos, enquanto os socialistas do primeiro-ministro Pedro Sánchez alcançaram 30,18% e 20 assentos no Parlamento Europeu.

O PP, que integra o Partido Popular Europeu (PPE) na assembleia europeia, elegeu mais nove eurodeputados do que em 2019, o ano das eleições anteriores, segundo dados oficiais quando estavam contados 99,9% dos votos.

Já o PSOE perdeu um lugar no Parlamento Europeu, onde integra o grupo dos Socialistas e Democratas (S&D).

O partido de extrema-direita Vox passou de ser a quinta força mais votada nas europeias anteriores para ser a terceira este ano, alcançando 9,62% dos votos e contribuindo com seis eurodeputados para o grupo dos Conservadores e Reformistas (ERC), o dobro dos eleitos em 2019.

A par do Vox, um novo partido também considerado populista e de extrema-direita, chamado Acabou-se a Festa e que ainda não está dentro de qualquer grupo no Parlamento Europeu, elegeu pela primeira vez: conseguiu três eurodeputados, resultado de 4,59% dos votos.

Espanha elegeu hoje 61 eurodeputados (mais sete do que em 2019).

Cerca de 361 milhões de eleitores dos 27 países da União Europeia (UE) foram chamados a escolher a composição do próximo Parlamento Europeu, elegendo 720 eurodeputados, mais 15 que na legislatura anterior.

A Portugal cabem 21 lugares no hemiciclo.

Leia Também: Espanha. PP vence e dois partidos de extrema-direita elegem eurodeputados

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