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Problema dos jovens em Timor-Leste é "fruto da negligência do Estado"

A Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin), líder da oposição, afirmou hoje que o problema dos jovens é "fruto da negligência do Estado" em áreas como a educação, formação profissional e criação de emprego.

Problema dos jovens em Timor-Leste é "fruto da negligência do Estado"
Notícias ao Minuto

06:15 - 11/06/24 por Lusa

Mundo Timor-Leste

"Do nosso ponto de vista, o problema psicossocial que os nossos jovens e a nossa comunidade atravessam atualmente é fruto da negligência do Estado durante longos anos, principalmente na área da educação e formação de qualidade, na área da saúde e qualidade de vida dos cidadãos, na área da economia e emprego acessível e sustentável", afirmou Nurima Alkatiri.

Para a deputada da Fretilin, que falava durante uma intervenção no parlamento nacional, aquelas áreas "continuam ao abandono".

"Se assim permanecerem, aqueles problemas irão continuar e em maior escala, como uma bomba-relógio que espera o seu tempo para rebentar", salientou Nurima Alkatiri.

Segundo a deputada timorense, o Estado está distante dos cidadãos e apenas "culpa e discrimina" os jovens que se envolvem em violência, sem apresentar soluções para o problema, referindo-se aos grupos de artes marciais.

A Fretilin defende a intervenção, regularização e controlo pelo Estado da prática de artes marciais e que o parlamento deve legislar sobre a matéria para que as autoridades timorenses possam intervir.

"Mas se as deixarmos a 'Deus dará' e simplesmente suspendermos a prática não resolveremos o problema, apenas o adiamos até rebentar", advertiu a deputada, salientando que o Estado tem deixado a proteção dos cidadãos às organizações de artes marciais e rituais.

Nurima Alkatiri considerou também que é "responsabilidade do Estado criar um ambiente onde os jovens possam florescer, garantindo oportunidades, segurança e o apoio necessário para o seu desenvolvimento".

"Por isso, apelamos mais uma vez para que o Estado, através de todos seus órgãos de soberania, funcione como Estado com o bem-estar do nosso povo, dos nossos cidadãos, como centro do desenvolvimento", pediu a deputada.

Leia Também: Imigração. Fretilin pede a Governo timorense para cooperar com Portugal

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