África do Sul pede cessar-fogo para permitir ajuda humanitária a Gaza

O ministro da Justiça da África do Sul, Ronald Lamola, considerou que um cessar-fogo entre israelitas e palestinianos é o "único caminho" para a ajuda humanitária à Faixa de Gaza em conflito há nove meses.

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© Ahmad Hasaballah/Getty Images

Lusa
11/06/2024 13:35 ‧ 11/06/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

Lamola falava à televisão pública sul-africana SABC a partir do reino da Jordânia, onde lidera uma alta delegação governamental de Pretória que participa a partir de hoje numa conferência internacional de emergência sobre ajuda humanitária urgente ao enclave de Gaza.

"Queremos ver, a partir dos resultados desta conferência, a ajuda humanitária a entrar pelo mar e também por terra, e que todos os bloqueios que impediram a ajuda na Faixa de Gaza foram removidos, para que o povo da Palestina possa ter acesso à ajuda de que mais precisa", frisou o ministro sul-africano.

"A ajuda humanitária só será possível, na prática, na sequência da decisão do Tribunal Internacional Judicial (TIJ), somente se houver um cessar-fogo na área (...)", adiantou.

O ministro sul-africano do Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder e antigo aliado da Autoridade Palestiniana, reiterou o apelo de Pretória para um cessar-fogo naquela região, afirmando ser "o único caminho que permitirá a ajuda humanitária" aos palestinianos na Faixa de Gaza, que é governada pelo Hamas.  

Questionado sobre a recente missão diplomática do secretário de Estado dos Estados Unidos Antony Blinken a Israel, Jordânia e Qatar, o ministro da Justiça sul-africano considerou que "a África do Sul acolhe todos os esforços para se encontrar a paz na Faixa de Gaza, incluindo os esforços dos EUA".

"Acreditamos que deve levar em consideração a decisão do TIJ, deve levar em consideração ambas as partes e, como a resolução propõe (...) deve culminar num cessar-fogo num processo de três fases, e sendo a última fase aquela que lida com a reconstrução juntamente com as autoridades palestinas que seria o que poderia permitir que um cessar-fogo funcionasse e também a continuidade da ajuda humanitária sem entraves", adiantou.

"Acreditamos que isto funcionará, especialmente se os EUA garantirem que Israel aceite esta medida", sublinhou Ronald Lamola.

Na Jordânia, Antony Blinken também participará na conferência internacional de emergência sobre como melhorar o fluxo de ajuda humanitária para Gaza.

Desde dezembro, Pretória tem solicitado medidas adicionais ao Tribunal Internacional Judicial (TIJ) da ONU, acusando Israel de perpetrar um "genocídio" em Gaza, acusação negada por Israel.

O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em território israelita em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Por seu lado, Israel lançou uma ofensiva militar de retaliação na Faixa de Gaza que até ao momento provocou mais de 36.500 mortos e 82.000 feridos segundo o Hamas, classificado como "organização terrorista" por Israel, União Europeia e Estados Unidos.

Leia Também: Blinken diz que Netanyahu reafirmou compromisso no acordo de cessar-fogo

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