O financiamento será destinado aos serviços básicos e ao pagamento de salários no território palestiniano, com o objetivo de estabelecer uma Autoridade Palestiniana "forte e eficaz", que conduza a uma "paz duradoura e ao progresso rumo a uma solução de dois Estados", afirmou o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros dedicado ao Médio Oriente, Tariq Ahmad, no comunicado.
Do montante total, 10 milhões de libras (11,8 milhões de euros) serão destinados a apoiar serviços essenciais, como o pagamento de 8.200 trabalhadores da saúde durante dois meses.
"Esta medida enviará uma mensagem clara aos outros países para que considerem a possibilidade de efetuar contribuições semelhantes", refere o comunicado.
Este montante será complementado com mais cinco milhões de libras (5,9 milhões de euros) para assistência técnica ao programa de reformas da Autoridade Palestiniana.
Ahmad irá discutir este pacote financeiro com o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohamed Mustafa, na conferência internacional de resposta de emergência à Faixa de Gaza, que se realiza hoje na região do Mar Morto, no sudoeste da Jordânia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Cameron, manteve várias conversações com Mustafa, a última das quais na segunda-feira, em que reiterou o apoio do Reino Unido.
A Autoridade Palestiniana é responsável pela administração da Cijordânia e a comunidade internacional pretende que substitua o Hamas na governação da Faixa de Gaza após a saída das forças israelitas.
O conflito em curso na Faixa de Gaza foi desencadeado pelo ataque do grupo islamita Hamas em território israelita em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.
Por seu lado, Israel lançou uma ofensiva militar de retaliação na Faixa de Gaza que até ao momento provocou mais de 36.500 mortos e 82.000 feridos segundo o Hamas, classificado como "organização terrorista" por Israel, União Europeia e Estados Unidos.
BM (CYH) // APN
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