"Humilhação". Novo líder sírio recusou apertar mão a MNE alemã?

O momento aconteceu antes de uma reunião dos chefes da diplomacia francesa e alemã com o novo líder islâmico sírio, no poder desde 8 de dezembro, em Damasco.

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Notícias ao Minuto com Lusa
03/01/2025 16:49 ‧ ontem por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Síria

O novo líder islâmico da Síria, Ahmad al-Chareh, recusou cumprimentar a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, com um aperto de mão, por alegadamente se tratar de uma mulher.

 

O vídeo do momento, que pode ver na galeria acima, suscitou várias críticas nas redes sociais, incluindo da eurodeputada belga Assita Kanko, que descreveu o incidente como uma "humilhação", que "diz muito sobre as políticas" que a Síria irá seguir. 

"Que humilhação na Síria. Como mulher e deputada ao Parlamento Europeu, considero isto desagradável. As mulheres não são nada para eles. O facto de não apertarem a mão à ministra dos Negócios Estrangeiros alemã por ela ser mulher é exatamente a mesma razão pela qual as mulheres são tratadas de forma diferente em todos os domínios", escreveu Kanko, do partido conservador New Flemish Alliance, na rede social X.

E acrescentou: "Aos seus olhos, as mulheres são apenas escumalha. Isso diz muito sobre as políticas que vão seguir. Sinto-me enojado com a ideia de uma UE que se adapta a isso"

O momento aconteceu antes de uma reunião dos chefes da diplomacia francesa e alemã com o novo líder islâmico sírio, no poder desde 8 de dezembro, em Damasco.

Os chefes da diplomacia francesa, Jean-Noel Barrot, e alemã, Annalena Baerbock, cuja visita é mandatada pela União Europeia (UE), encontraram-se com o líder sírio no palácio presidencial, o mesmo local onde o presidente Bashar al-Assad - em fuga há quase um mês - recebia os seus convidados.

Os líderes de muitos países árabes e ocidentais têm viajado até Damasco após a queda de Bashar al-Assad, quebrando o isolamento imposto à Síria desde a repressão violenta da revolta popular em 2011.

A nova potência fez uma clara mudança na política da Síria, cujos principais aliados eram a Rússia e o Irão, aproximando-se em particular da Turquia e do Qatar e delineando aberturas para o Ocidente.

Leia Também: Síria. Chefes de diplomacia de França e Alemanha reúnem-se com novo líder

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