"Aproximadamente 90 projéteis foram identificados [a entrar em Israel] a partir do Líbano", disse o exército israelita num comunicado.
Vários projéteis foram intercetados, mas outros caíram no norte de Israel, causando incêndios em alguns locais, acrescentou o exército, sem especificar a extensão do incidente.
Por volta das 10hh00 (08h00 em Lisboa), sirenes de alerta de foguetes soaram novamente em mais de uma dúzia de localidades no norte de Israel.
O ataque de hoje foi um dos maiores lançados em número e alcance a partir do território libanês desde outubro, já que pela primeira vez os projéteis atingiram a cidade de Tiberíades, a 65 quilómetros da fronteira, e outras cidades mais distantes da região fronteiriça com o Líbano.
De acordo com os serviços de emergência, até ao momento, não foram relatada a existência de feridos.
O grupo xiita Hezbollah ainda não assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas este bombardeamento poderá ser uma resposta à morte de militantes do grupo num ataque israelita no sul do Líbano.
Hoje de madrugada, o Hezbollah anunciou a morte de Taleb Sami Abdallah, conhecido como Hajj Abou Taleb, um dos principais comandantes militares do movimento xiita.
De acordo com uma fonte militar libanesa, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP), o ataque aéreo que matou quatro militantes xiitas, incluindo o comandante, ocorreu na cidade de Jouaiyya, a cerca de 15 quilómetros da fronteira com Israel, na terça-feira à noite.
A fronteira entre Israel e o Líbano vive o seu pico de tensão mais elevado desde 2006 e os ataques já provocaram a morte de mais de 400 pessoas, a maioria do lado libanês e das fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 310 mortes de milicianos, alguns na Síria, além de cerca de 90 civis.
Em Israel, 25 pessoas morreram no norte do país, 10 dessas civis.
As hostilidades começaram em outubro, após o início da guerra na Faixa de Gaza, com o Hezbollah a demonstrar a sua solidariedade ao grupo Hamas e demais movimentos islamitas palestiniano.
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