Os Estados Unidos, o Qatar e o Egito estão a "examinar os detalhes da proposta e da resposta", relativamente a um eventual cessar-fogo na Faixa de Gaza.
"O Qatar, o Egito e os EUA estão empenhados na sua parceria para pôr fim a esta guerra e para chegar a um acordo de troca entre os detidos palestinianos e os reféns israelitas", disse o primeiro-ministro do Qatar, Mohammed bin Abdelrahman Al-Thani.
Citado pela agência de notícias Al Jazeera, o líder qatari elogiou, "neste contexto", elogiamos os "esforços concertados dos EUA representados por Blinken e os esforços que se refletiram na formulação da proposta que traz as opiniões de ambas as partes para um terreno comum".
Os três mediadores procuram "uma solução permanente" para o conflito, acrescentou Al-Thani.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, está de visita a Doha, recorde-se, para negociar uma possível proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
O grupo islamita Hamas propôs na sua "resposta positiva" ao plano de cessar-fogo do presidente norte-americano, Joe Biden, um "novo calendário" para um cessar-fogo permanente em Gaza e uma retirada israelita de toda a Faixa.
A resposta reafirmou a posição do Hamas de que o cessar-fogo deve levar a uma cessação permanente das hostilidades, à retirada das forças israelitas de Gaza, à reconstrução da Faixa e à libertação dos prisioneiros palestinianos em Israel", afirmou hoje à EFE um responsável do grupo islamita palestiniano, que pediu para não ser identificado.
Na sua resposta, acrescentou a fonte à agência noticiosa espanhola, o grupo "propôs um novo calendário para um cessar-fogo permanente e a retirada de toda a Faixa de Gaza, incluindo de Rafah", no sul do enclave, junto à fronteira com o Egito.
"Trata-se também de esclarecimentos sobre o cessar-fogo permanente, a retirada de Gaza e o calendário durante o qual este procedimento terá lugar. [...] Não há mudanças fundamentais no que respeita à troca de prisioneiros, mas sim algumas questões relacionadas com o cessar-fogo e quando será permanente", sublinhou.
O Qatar, Egito e Estados Unidos, que medeiam o conflito de Gaza, anunciaram na terça-feira que tinham recebido uma proposta do Hamas e de outras fações palestinianas, referindo-se à Jihad Islâmica, outro grupo que aparentemente também mantém reféns israelitas, sem especificar o seu conteúdo.
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