França lança vários exercícios militares aéreos na Ásia-Pacífico no verão

A Força Aérea francesa vai realizar vários exercícios na Ásia-Pacífico no verão, que têm como objetivo a "proteção de espaços soberanos, promoção do direito internacional e parcerias com países vizinhos", revelou hoje o Ministério das Forças Armadas.

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Lusa
14/06/2024 23:50 ‧ 14/06/2024 por Lusa

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A 'Missão Pégase 24' irá decorrer entre 27 de junho e 15 de agosto e abrangerá três bases aéreas das Forças Armadas francesas na Nova Caledónia, na Polinésia Francesa e no sul do Oceano Índico, destacou o ministério, em comunicado.

Um total de treze países serão visitados no espaço de oito semanas, com os exercícios a envolverem caças Rafale e Eurofighter, A400M Atlas e A330 MRTT Phénix.

A operação prevê um "desdobramento conjunto dos países do Future Air Combat System SCAF" (avião de combate do futuro desenhado por França, Alemanha e Espanha), com mais de 200 pilotos em três exercícios distintos.

"Este sistema também poderá apoiar as nossas forças no exterior através de escalas na Nova Caledónia, Saint-Pierre e Miquelon e na Ilha da Reunião", sublinhou ainda o Ministério das Forças Armadas.

A Força Aérea francesa também vai participar num exercício de alta intensidade nos Estados Unidos (Alasca) e farão uma série de escalas e exercícios conjuntos no Canadá, Japão, Emirados Árabes Unidos, Singapura, Indonésia, Nova Zelândia, Malásia, Índia, Qatar, Egito e pela primeira vez nas Filipinas.

Outro destacamento será organizado com a Inglaterra, também com destino à Austrália, para um exercício entre estes aliados.

O "Indo-Pacífico", segundo o termo utilizado pela França, é uma vasta área que abrange os oceanos Índico e Pacífico, palco de crescentes tensões internacionais entre Pequim e Washington.

A França, com a força dos seus territórios ultramarinos, pretende desenvolver a sua presença nessa região, ao lado dos parceiros regionais e posicionar-se como uma "potência de equilíbrio" na região.

Em 2023, no entanto, os senadores publicaram um relatório no qual denunciavam "uma real inadequação de recursos às ambições francesas" na região.

Alguns milhares de soldados destacados do Jibuti, uma antiga colónia francesa, para a Polinésia parecem não ser suficientes para o poderio dos exércitos chinês e norte-americano, os dois principais intervenientes numa área que se estende desde a Índia e o Oceano Índico até ao Pacífico Sul.

Leia Também: Manifestações contra extrema-direita em França mobilizam 21 mil polícias

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