Numa mensagem publicada nas redes sociais, o Ministério dos Negócios Estrangeiros mexicano anunciou o acordo, assinado pela ministra Alicia Bárcena e pelo homólogo suíço Ignazio Cassi, para "o apoio na proteção de bens e assuntos consulares do México no Equador".
O acordo foi assinado durante uma visita à Suíça de Bárcena , que está na cidade de Nidwalden para participar da Cimeira para a Paz na Ucrânia, juntamente com representantes de 92 governos e 55 líderes mundiais.
O México rompeu relações com o Equador depois de uma rusga policial à sede diplomática mexicana em Quito, a 05 de abril, condenada quase unanimemente pela comunidade internacional.
Glas, que rejeita todas as acusações e declarou ser vítima de perseguição política, entrou na embaixada do México em 17 de dezembro para pedir asilo, quando o Ministério Público se preparava para o acusar de desvio de fundos públicos nas obras de reconstrução depois do devastador terramoto de 2016.
O Governo mexicano concedeu asilo a Glas no meio de uma crise diplomática com o Equador.
O Presidente equatoriano, Daniel Noboa, expulsou a embaixadora Raquel Serur depois de o homólogo mexicano, Andrés Manuel López Obrador, ter relacionado o homicídio do candidato presidencial Fernando Villavicencio com a vitória eleitoral do empresário, em novembro.
Glas, que também tem cidadania alemã, foi um dos homens fortes do governo de Correa (2007-2017) e, entre 2013 e 2017, ocupou o cargo de vice-presidente, bem como durante os primeiros meses do mandato presidencial de Lenín Moreno (2017-2021), até ao início das investigações.
O México e o Equador apresentaram queixa perante o Tribunal Internacional de Justiça pelos acontecimentos de 05 de abril, acusando-se mutuamente de terem violado convenções e normas internacionais.
Em 07 de junho, um tribunal de recurso do Equador rejeitou a libertação imediata de Glas, por considerar que a detenção foi "legal, legítima e não arbitrária", indicaram os advogados do ex-vice-presidente.
A rejeição do recurso veio confirmar os argumentos do governo equatoriano de que a entrada sem autorização na Embaixada do México em Quito se destinava a impedir a fuga de um arguido, com mandado de captura e condenações pendentes.
O 'habeas corpus' apresentado pedia que a justiça equatoriana ordenasse a libertação de Glas e que o antigo responsável fosse entregue ao México ou a um país terceiro que respeitasse o asilo concedido pelo governo mexicano.
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