"Quando o primeiro-ministro ouviu relatos sobre uma pausa humanitária no combate durante 11 horas por dia, disse ao seu secretário militar que isso é inaceitável. Uma vez esclarecida a situação, foi comunicado ao primeiro-ministro que não há mudanças na política das Forças de Defesa de Israel e que os combates em Rafah continuarão conforme planeado", lê-se num comunicado emitido pelo gabinete de Benjamin Netanyahu.
Horas antes, o Exército tinha anunciado o estabelecimento de uma "pausa tática" da atividade militar desde a passagem de Kerem Shalom (sul) ao longo da autoestrada Salah al Din até ao Hospital Europeu Khan Yunis, de forma a permitir a entrada e distribuição de mais ajuda humanitária.
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que a pausa iria começar na área de Rafah, no sul de Gaza, às 08:00 (06:00 em Lisboa), permanecer em vigor até as 19:00 (17:00 em Lisboa) e ser repetida todos os dias até novo aviso.
A referida cessação ocorreria "todos os dias, até novo aviso", detalhava um comunicado militar.
A medida, que estava a ser coordenada com a ONU e agências de ajuda internacional, visava permitir que os camiões de ajuda consigam viajar em segurança e entrar mantimentos a todas as partes de Gaza, disseram as IDF.
Após este anúncio, o ministro da Segurança Nacional, o extremista Itamar Ben Gvir, manifestou-se contra qualquer "trégua tática".
A ofensiva de Israel contra o grupo islamita palestiniano Hamas mergulhou Gaza numa crise humanitária, com a ONU a relatar fome generalizada e centenas de milhares de pessoas à beira da fome.
A comunidade internacional instou Telavive a fazer mais para aliviar a crise.
Entre 06 de maio a 06 de junho, a ONU recebeu uma média de 68 camiões de ajuda por dia, de acordo com dados do escritório humanitário da organização, conhecido como OCHA.
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