A polémica surgiu depois de as assinaturas dos representantes do Iraque e da Jordânia não aparecerem no texto final, embora, segundo Kyiv, se tivessem comprometido a apoiar a declaração.
A lista final de países que subscreveram a declaração da cimeira de apoio à Ucrânia -- que se realizou este fim de semana nos Alpes suíços -- e que foi difundida pelo Governo suíço, não inclui vários países, destacando-se o Iraque e a Jordânia, que, segundo Kyiv, teriam apoiado o texto.
"Hoje entraremos em contacto com os nossos colegas em Berna e discutiremos mais uma vez a lista completa dos países que aderiram. Estive pessoalmente presente quando os resultados da adesão ao comunicado foram anunciados e estes países apareceram no 'placard' final na sala onde a sessão foi realizada", disse Oleksander Bevz, um dos principais conselheiros do gabinete presidencial ucraniano.
Bevz afirmou que Kyiv não tirará conclusões precipitadas sobre estes acontecimentos e sublinhou que o texto ainda está em aberto a tantos países quantos desejarem aderir.
Além disso, o conselheiro reconheceu que alguns representantes alertaram desde o primeiro momento que não apoiariam a resolução final da cimeira.
"Isso está provavelmente relacionado com as particularidades de certos processos políticos dentro destes países. Alguns países estiveram diretamente sob pressão, e o presidente [Volodymyr Zelensky] falou repetidamente sobre isso, tanto no que diz respeito à participação na cimeira como no que diz respeito à adesão a alguns documentos finais", apontou Bevz.
Entre os países que não assinaram a declaração final estão Brasil, Índia, Arábia Saudita e México, potências do chamado Sul Global, região que o presidente Zelensky tentava precisamente conquistar durante a cimeira na Suíça.
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