A pesquisa mensal de junho, realizada pelo Instituto de Política do Povo Judeu, mostra que cerca de 60% estão dispostos a aceitar o plano, que também inclui a entrega de corpos de reféns e a libertação de prisioneiros palestinianos.
A proposta de Biden, no entanto, baseia-se nas últimas concessões feitas pelas autoridades israelitas, embora o Hamas tenha rejeitado o plano, a menos que as autoridades de Telavive garantam o fim completo da guerra no enclave.
Da mesma forma, a sondagem, que ouviu a opinião de cerca de 600 israelitas judeus e 200 árabes, mostra que a maioria quer que a gestão da Faixa de Gaza esteja nas mãos das autoridades palestinianas quando a guerra terminar, desde que Israel seja responsável pela segurança.
Apenas 10% concordam que a Autoridade Palestiniana - no poder na Cisjordânia - administre o enclave na sua totalidade, em comparação com 60% que prefeririam que esta gestão permanecesse nas mãos de entidades palestinianas ou de Estados árabes.
Neste sentido, um em cada cinco israelitas espera que seja Israel a ter a Faixa de Gaza sob o seu controlo quando a guerra terminar.
A pesquisa também indica que há um baixo nível de aprovação do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, com 56% inquiridos apontando "grande desconfiança" na sua gestão.
Quase três quartos, ou 74%, da população árabe de Israel dizem não confiar nele.
Da mesma forma, tem havido uma diminuição da confiança nos altos oficiais do Exército, especialmente entre pessoas com ideologia mais conservadora.
Os israelitas estão divididos sobre o destino dos confrontos em curso no Líbano, com 36% a pedir um ataque total ao grupo xiita Hezbollah o mais depressa possível, 26% defendendo uma guerra no Líbano assim que os combates na Faixa de Gaza terminarem, e 30% desejando um acordo político.
Destaca-se no estudo que mais de metade dos entrevistados judeus e árabes expressa a crença de que todos os cidadãos de Israel partilham um futuro comum.
A percentagem de árabes israelitas com esta opinião aumentou ao longo do ano passado.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e deixou mais de duas centenas de reféns na posse do grupo palestiniano, segundo Telavive.
A ofensiva israelita que se seguiu na Faixa de Gaza provocou mais de 37 mil mortos e uma grave crise humanitária no enclave palestiniano, de acordo com as autoridades locais tuteladas pelo Hamas.
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