O governo dos Estados Unidos mostrou-se, esta segunda-feira, "preocupado" com a ida do presidente da Rússia, Vladimir Putin, à Coreia do Norte, horas depois de a deslocação ter sido anunciada.
"Não estamos preocupados com a visita. Estamos preocupados com o aprofundar de laços entre os dois países", detalhou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby.
O responsável explicou que a situação era 'uma faca' de dois gumes, e que as preocupações da Casa Branca se prendiam não só com um conflito já existente, como com um outro.
"Não só por causa do impacto que vai ter no povo ucraniano, já que sabemos que mísseis balísticos norte-coreanos estão a ser usados para atingir tropas ucranianas, mas também porque pode haver alguma reciprocidade que pode afetar a segurança da península coreana", afirmou, citado pela agência France-Presse.
A vista de Putin começa na terça-feira, vai durar dois dias, e realiza-se a convite do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. Os dois países, que estão sujeitos a pesadas sanções internacionais, reforçaram consideravelmente os laços desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022.
A viagem à Coreia do Norte ocorre nove meses depois de Putin ter recebido Kim no Extremo Oriente russo.
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