Titan implodiu há um ano com 5 milionários a bordo. Recorde a tragédia

Durante dias, o mundo esteve de olhos postos nas buscas ao submarino que fazia uma expedição aos destroços do Titanic. No entanto, o pior cenário viria a confirmar-se. Corpos nunca foram recuperados.

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© Ocean Gate / Handout/Anadolu Agency via Getty Images

Notícias ao Minuto
18/06/2024 09:30 ‧ 18/06/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Titan

Há precisamente um ano, no dia 18 de junho de 2023, o mundo era informado que um submarino com cinco milionários a bordo tinha desaparecido no Oceano Atlântico, durante uma visita aos destroços do Titanic.

Após quatro dias de buscas, acompanhadas intensamente por milhares de pessoas, as autoridades responsáveis, assim como a OceanGate Expeditions, proprietária do submarino, anunciaram, a 22 de junho, que o Titan tinha implodido e todos os passageiros estavam mortos.

Cada um dos passageiros que morreu durante a expedição turística pagou 250 mil dólares, qualquer coisa como 230 mil euros. Eram quatro no total mais um capitão, responsável pela condução do submarino, que era guiado apenas por um comando semelhante aos dos videojogos.

O que aconteceu?

Sabe-se agora que o submarino Titan desapareceu no dia 18 de junho do ano passado, pouco mais de uma hora depois de submergir no Atlântico, a cerca de 600 km da costa do Canadá.

Como não era autónomo, devia estar em constante comunicação com um navio-base. Mal perdeu a comunicação com o Titan, essa embarcação comunicou o desaparecimento às autoridades e aos familiares dos passageiros.

EUA, Canadá e França realizaram intensas buscas para encontrar o submarino, mobilizando dezenas de navios, aviões e sondas, que trabalharam contra o tempo, uma vez que o oxigénio dentro da embarcação durava apenas algumas horas.

A certa altura, as autoridades chegaram a pensar que os passageiros podiam estar vivos, depois de um avião das Forças Armadas do Canadá ter registado ruídos que “se assemelhavam a batidas” na região onde estava a ser realizadas as buscas. Contudo, ao dirigir-se para o local, um navio francês, munido de uma sonda de profundidade encontrou apenas os destroços do submarino, sem sobreviventes.

Posteriormente, as autoridades concluíram que o Titan implodiu e que todos os passageiros tiveram morte imediata.

As investigações ao acidente ainda prosseguem e vão demorar mais do que o previsto, uma vez que foi necessário, segundo a Guarda Costeira dos EUA, "contratar duas missões de salvamento para garantir provas vitais e extensos testes forenses indispensáveis".

Desta forma, ao contrário do que estava previsto, estas as conclusões da tragédia foram adiadas por tempo indeterminado.

Quem eram as vítimas do acidente?

A expedição que terminou em tragédia foi organizada pela empresa de turismo marítimo OceanGate Expeditions, cujo diretor-executivo, Stockton Rush, era o piloto do submarino e uma das vítimas do acidente

Além dele, também morreram na implosão do Titan o empresário paquistanês Shahzada Dawood e o filho, Suleman Dawood, assim como o milionário Hamish Harding e o ex-comandante da Marinha Francesa Paul-Henry Nargeolet, especialista no naufrágio do Titanic.

O Titan tinha 6,5 metros de comprimento por 3 de largura, pesava mais de 10 toneladas e era feito de fibra de carbono e titânio. Viajava a uma velocidade de 5,5 km/h e era impulsionado por quatro propulsores.

OceanGate tinha expedição programada aos Açores

Antes da implosão do Titan, a empresa que o detinha tinha programada para maio de 2024 uma expedição turística nos Açores, para observar fontes hidrotermais.

A expedição de três dias ao arquipélago português previa mergulhos a bordo do Titan, nas "águas profundas de um dos melhores pontos de mergulho do mundo" com uma "variedade de corais de profundidade, baleias diversas e formas de vida bizarras", prometendo abrir uma "nova era de exploração da joia subaquática", que a empresa considerava ser a região.

Leia Também: "Inventada". Transcrição de últimos momentos do Titan considerada falsa

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