"Reservatórios de petróleo incendiaram-se em Azov na sequência de um ataque de 'drones'", indicou em mensagem no Telegram Vassili Golubev, governador da região russa de Rostov, onde está situado o quartel-general militar da operação russa na Ucrânia.
"Não há vítimas, de acordo com as primeiras informações", assegurou.
Pelas 05h00 (hora de Lisboa), 39 veículos e uma coluna de bombeiros com diverso equipamento foram enviados para o local do incêndio, prosseguiu Golubev.
Uma fonte ucraniana da Defesa citada pela agência noticiosa AFP felicitou-se pelo "sucesso" do ataque.
"Estão a ocorrer enormes incêndios nas instalações", acrescentou a mesma fonte sob anonimato.
"O SBU [Serviços de segurança ucranianos] vão continuar a impor 'sanções por drone' contra o complexo petrolífero russo e reduzir o potencial económico do inimigo", assinalou ainda.
Nos últimos meses, a Ucrânia reivindicou "mais de 20 ataques com sucesso contra diversas instalações petrolíferas russas em diversas regiões", ainda de acordo com a mesma fonte.
A Ucrânia, confrontada com a invasão russa desse há mais de dois anos, responde regularmente com ataques a regiões russas e sobretudo dirigidas a instalações energéticas, com o objetivo de atingir as linhas recuadas.
Kyiv ameaçou transpor os combates para território russo em represália pelos numerosos bombardeamentos do Exército de Moscovo em diversas regiões do país.
No campo de batalha, o Exército ucraniano afirmou que as forças russas "continuam a tentar penetrar" nos arredores de Tchassiv Iar, o seu objetivo estratégico na região de Donetsk, leste do país.
O controlo desta localidade permitiria às tropas russas intensificar os seus avanços nesta zona do Donbass.
Mais a sul, as forças russas também estão a progredir em direção a Pokrovsk e aproximam-se de um estratégico eixo rodoviário, que poderá comprometer o abastecimento do Exército ucraniano destacado nesta zona.
A Ucrânia tem garantido uma substancial ajuda financeira e armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais e que teriam sido ultrapassadas.
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