Moçambique, Angola e Brasil na tomada de posse de Ramaphosa

Os chefes de Estado de Moçambique e de Angola vão estar na cerimónia solene de tomada de posse do Presidente eleito da África do Sul, quarta-feira, na capital Pretória, disse hoje fonte da presidência sul-africana à Lusa.

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Lusa
18/06/2024 18:31 ‧ 18/06/2024 por Lusa

Mundo

África do Sul

"Moçambique e Angola estarão presentes a nível de chefes de Estado", indicou o porta-voz Vincent Magwenya.

Fonte da presidência moçambicana adiantou à Lusa que Filipe Nyusi estará acompanhado pelo vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves.

O porta-voz do Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, adiantou à Lusa que o Brasil enviará a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

Sob o lema "Trinta anos de Democracia, Parceria, e Crescimento", o evento decorrerá no Union Buildings, sede do Governo sul-africano, em Pretória, e contará com a presença de 18 chefes de Estado e de Governo, bem como de ex-presidentes e delegações de vários países, segundo a Presidência da República sul-africana.

Entre os países que vão estar representados ao mais alto nível contam-se os reinos de Essuatíni e do Lesoto, as Repúblicas do Zimbábue, Moçambique, Namíbia, Angola, Tanzânia e do Uganda, a República Popular da China, a República Árabe do Egito, o Estado da Palestina e a República de Cuba, cujo vice-presidente, Salvador Mesa, já se encontra no país africano.

Participarão também várias monarquias sul-africanas, membros do parlamento, partidos políticos, líderes sindicais, empresariais e da sociedade civil, assim como líderes religiosos e sul-africanos que se destacaram em várias áreas da vida do país, e representantes de organizações internacionais e órgãos regionais, como a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a União Africana (UA) e as Nações Unidas (ONU).

O juramento do Presidente eleito Cyril Ramaphosa, para um segundo mandato de cinco anos, será conduzido pelo juiz presidente Raymond Zondo.

A presidência adiantou que, durante o evento, as Forças de Defesa Nacional Sul-Africanas (SADF) realizarão uma saudação de 21 tiros, acompanhada por um voo da Força Aérea, bem como um desfile militar.

O programa do dia começará com um evento cultural nos jardins do Union Buildings às 09:00 (08:00 de Lisboa), salientou.

Cyril Ramaphosa, de 71 anos, dará assim início ao seu segundo mandato presidencial, na sequência da vitória eleitoral do seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder desde o fim do 'apartheid' em 1994.

Embora tenha sido o partido mais votado nas eleições realizadas em 29 de maio, as sétimas eleições gerais no país, o ANC perdeu a maioria absoluta no parlamento pela primeira vez em 30 anos, após obter 40,18% dos votos, elegendo 159 deputados para a Assembleia Nacional, menos 71 lugares do que havia alcançado em 2019, quando obteve 57,5% dos votos.

A tomada de posse de Ramaphosa antecede a formação de um Governo de Unidade Nacional (GUN), modelo anunciado na semana passada pelo líder do ANC, que deverá incluir membros de quatro partidos de oposição até agora anunciados: Aliança Democrática (DA), principal força de oposição, Partido Livre Inkatha (IFP), GOOD, e a Aliança Patriótica (AP).

Leia Também: África do Sul. Ramaphosa empossado na quarta-feira para 2.º mandato

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