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Equador exige vistos aos cidadãos chineses que para lá queiram viajar

O Equador anunciou terça-feira que suspendeu um acordo com a China que dispensava a concessão de vistos a cidadãos chineses que quisessem viajar para o país sul-americano, alegando um aumento "preocupante" da migração irregular.

Equador exige vistos aos cidadãos chineses que para lá queiram viajar
Notícias ao Minuto

06:25 - 19/06/24 por Lusa

Mundo Diplomacia

O ministro dos Negócios Estrangeiros especificou, em comunicado, que a suspensão do acordo bilateral é temporária e começa em 01 de julho.

Acrescentou que a medida foi tomada depois de as autoridades terem constatado que cerca de metade dos chineses que entravam no país não saiam "pelas rotas regulares" nem dentro dos 90 dias a que estavam autorizados a permanecer no Equador.

A novidade significa que o Equador vai reinstituir a concessão de vistos para os cidadãos chineses.

Desde 2023, os chineses estão entre as principais nacionalidades das pessoas que chegam aos EUA.

O Equador, que era um dos dois Estados do continente americano a dispensar de vistos os cidadãos chineses, tornou-se um popular ponto de partida para os migrantes chineses, que depois seguiam através da América Central antes de alcançarem os EUA. O outro Estado é a República do Suriname.

O Centro Niskanen, baseado em Washington, citou estatísticas oficiais do governo equatoriano para comparar as 48.381 entradas de cidadãos chineses no país em 2023 com apenas 24.240 saídas.

Esta diferença, de 24.141, é a maior de todas as nacionalidades, segundo o Niskanen.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jean, disse hoje que Pequim "se opõe firmemente a todas as formas de tráfico humano" e que as forças da lei do país "têm atuado com firmeza contra todos os tipos de tráfico humano e indivíduos envolvidos em migrações ilegais".

Lembrou ainda que o acordo de isenção mútua de vistos entre a China e o Equador entrou em vigor em 2016.

O número de imigrantes chineses a entrar nos EUA aumentou acentuadamente em 2023, quando a guarda fronteiriça norte-americana deteve mais de 37 mil chineses na fronteira sul, dez vezes mais do que ano anterior.

O antigo presidente republicano Donald Trump já sugeriu que os imigrantes chineses, homens na sua maioria, poderiam criar um exército nos EUA.  

Mas estes imigrantes e os seus advogados rejeitaram a especulação de Trump, dizendo que saíram da China em busca de melhores condições económicas e de uma sociedade livre, depois do surto do novo coronavírus.

Leia Também: Equador. Suíça representa México após rompimento de relações diplomáticas

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