"Qualquer ameaça" contra o Chipre é "uma ameaça contra a UE"

O Hezbollah do Líbano ameaçou atacar o Chipre se permitir a Israel utilizar os seus aeroportos e bases para atacar o país árabe.

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Notícias ao Minuto com Lusa
20/06/2024 20:17 ‧ 20/06/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Israel/Palestina

A representação da Comissão Europeia no Chipre deixou, esta quinta-feira, uma resposta vincada às ameaças feitas pelo Hezbollah do Líbano contra o Chipre, o Estado-membro da União Europeia (UE) mais a leste, a cerca de 260 quilómetros de Beirute.

"O Chipre é um Estado-membro da UE - Isto significa que a UE é o Chipre e o Chipre é a UE", começou por escrever a entidade europeia numa mensagem no X (antigo Twitter).

Na mesma nota, a representação da Comissão Europeia no Chipre assegurou: "Qualquer ameaça contra um dos nossos Estados-membros é uma ameaça contra a UE".

A mensagem veio acompanhada por um vídeo do porta-voz da agência da UE para assuntos internacionais, Peter Stano, a explicar mais em profundidade a posição.

O Hezbollah disse ter recebido informações sobre uma alegada abertura do Chipre dos seus "aeroportos e bases" a Israel, num eventual ataque contra o Líbano. "A abertura dos aeroportos e de bases cipriotas ao inimigo israelita para atacar o Líbano significaria que o Governo cipriota é parte integrante da guerra", afirmou o líder do movimento xiita extremista libanês, Hassan Nasrallah.

Os confrontos transfronteiriços entre Israel e o Hezbollah, aliado do Hamas, eclodiram na sequência da incursão do movimento islamita palestiniano em Israel em 07 de outubro de 2023, com uma imediata e arrasadora intervenção do Exército israelita na Faixa de Gaza.

O Hezbollah afirma que já efetuou mais de 2.100 operações militares contra Israel desde 08 de outubro, e na semana passada intensificou os seus ataques contra alvos militares no norte do país após a morte de um dos seus principais comandantes num ataque aéreo israelita.

Mais de oito meses de violência provocaram pelo menos 473 mortos no Líbano, na maioria combatentes do movimento xiita libanês, e 92 civis, indica a agência noticiosa AFP.

Segundo Israel, foram mortos no mesmo período 15 soldados e 11 civis israelitas.

A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano em solo israelita, em 07 de outubro, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 37 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o território desde 2007.

Leia Também: Dirigentes árabes alertam para risco de guerra em Gaza alastrar à região

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