Pelo menos quatro grandes fogos deflagraram na península do Peloponeso, mais precisamente perto da cidade de Megalópolis, em Arcádia, e nos departamentos de Argólida, Messénia e Acaia, situados entre 150 e 250 quilómetros a sudoeste de Atenas.
"As condições [meteorológicas] são extremamente difíceis, a velocidade dos ventos ultrapassou hoje em algumas regiões os 95 quilómetros por hora (10, na escala de Beaufort), o que torna difícil o trabalho dos pilotos" dos aviões-cisterna, declarou o porta-voz dos bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis, numa conferência de imprensa.
No total, "45 novos incêndios foram registados em todo o país", um dos quais próximo da estância balnear de Mavro Lithari, perto de Atenas, que foi rapidamente circunscrito, acrescentou o responsável, apelando aos cidadãos para estarem alerta.
Em Megalópolis, onde o incêndio começou perto de uma central elétrica pertencente à Empresa de Eletricidade Grega (DEI), 44 bombeiros estão a combater as chamas, apoiados por 12 veículos, seis aviões-cisterna e dois helicópteros, segundo a agência noticiosa grega ANA.
Desde quarta-feira, as autoridades alertam para um "risco muito elevado" de fogos florestais, devido aos ventos fortes e às temperaturas elevadas, que atingiram os 40 graus Celsius em algumas regiões.
Na quarta-feira, deflagrou um incêndio em Koropi, 30 quilómetros a sudeste de Atenas, e os habitantes de duas aldeias vizinhas e os alunos de três escolas privadas foram retirados por precaução.
Habituada a vagas de calor, a Grécia prepara-se há semanas para um verão particularmente difícil em termos de temperaturas elevadas e incêndios florestais, depois de ter tido o inverno mais quente da sua história.
O país mediterrânico atravessou na semana passada a sua primeira vaga de calor, com temperaturas que atingiram, em alguns locais, mais de 44 graus centígrados.
Em 2023, registou incêndios devastadores e uma vaga de calor de duas semanas com mais de 40 graus - uma duração sem precedentes.
Segundo o Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC), o aumento das temperaturas causado pelas emissões de combustíveis fósseis de origem humana está a prolongar a época de incêndios e a aumentar a extensão das áreas ardidas.
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